Donos de terrenos podem lucrar até 20% a mais na venda de suas áreas

Negociações com incorporadoras trazem vantagens financeiras e documentais

Janeiro, 2018 – Já ficou para trás aquela história que membros de uma família guardavam como patrimônio um terreno ou uma casa antiga, agora a prática de vender esses espaços se tornou comum entre as pessoas físicas. Para quem tem um terreno e não sabe como fazer isso, a Rochefort pode auxiliar na burocracia e regularização do local, além de elevar o lucro do vendedor em até 20%.

Com isso, cada vez mais terrenistas (termo utilizado como sinônimo para donos de terrenos) buscam um preço justo e também, facilidades na hora dessa transação e é isso o que incorporadora Rochefort faz. “Nós entramos oferecendo a administração desse local e fazemos a parte burocrática. Por exemplo, se o terreno possui débitos ou não está em dia com as devidas manutenções, oferecemos a regularização adequada para que os órgãos aprovem a obra no local”, explica Jorge Felício, arquiteto e diretor comercial da incorporadora Rochefort.

São diversas vantagens que o dono de terreno pode ter, além da facilidade em processos burocráticos tem também a possibilidade de permuta (a troca em produto como forma ou parte de transações), no caso de imóveis isso é bastante comum e ocorre também pela sobrevalorização das unidades.

Segundo Felício, é importante que o terrenista queira realizar um negócio transparente e de qualidade, porque assim a incorporadora irá fazer com que o terreno seja ainda mais valorizado. “A pessoa que vende terreno pode receber um valor maior por esse espaço, por isso a relação entre incorporadora e vendedor é importante, ele vai virar praticamente um sócio do empreendimento, porque mesmo que ele espere um certo período durante o processo, a remuneração será maior em cerca de 20% comparado a venda no mercado”, afirma.

A Rochefort concentra 80% dos projetos para as faixas 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida (MCMV), e também a recente 1,5. Por isso, faz uma busca de locais que se enquadram dentro de um bom valor e localização. A empresa sempre apresenta ao proprietário um diagnóstico geral do local, inclusive sobre situações ambientais (quando há nascentes, córregos ou matas) e informa para o vendedor como será o uso do terreno, sempre respeitando as leis, o ambiente social e sustentável.

Célula transparente pode transformar janelas em painéis solares

As placas de energia solar que ficam nos telhados você já conhece. Mas e se, em vez disso, elas fossem instaladas nas janelas?

Que a energia solar é a energia do futuro, disso não há dúvidas. Ainda que os painéis solares permaneçam caros e atendam bem apenas pequenas demandas, como as residenciais, cientistas do mundo todo trabalham para melhorar a tecnologia — e até deixá-la, quem sabe, com aspecto mais fofinho.

A tentativa mais recente é assinada por pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan. Eles desenvolveram um tipo de célula solar que pode ser aplicada em janelas, vidros de carro e outros objetos. A técnica garante boa absorção dos raios solares, e pode ser tão eficiente quanto a versão mais convencional, instalada no topo das casas.

Quando posicionado em objetos vítreos, o dispositivo é capaz de gerar energia. A célula solar transparente se parece com um pedaço de vidro, e usa moléculas orgânicas desenvolvidas pelos próprios cientistas para absorver comprimentos invisíveis de luz solar. O material é ajustado para captar ondas no campo do ultravioleta e do infravermelho, convertendo depois essa energia em eletricidade, graças a pequenos filamentos de células fotovoltaicas presentes no seu interior.

É por conta disso que não há perda nenhuma de visibilidade — já que nenhum humano consegue ver acima do ultravioleta ou abaixo do infravermelho. Ou seja, você não perderá a luz do sol dentro de casa enquanto estiver produzindo energia. Além disso, veículos elétricos podem usar os novos painéis para alimentar seus equipamentos internos, e eletrônicos podem estender a vida útil de suas baterias durante as horas de sol.

De acordo com Richard Lunt, que liderou os experimentos, as células solares transparentes registraram eficiência na casa dos 5%. A efeito de comparação, a eficácia de painéis tradicionais fica entre 15 e 18%. A principal diferença entre os dois, no entanto, é a possibilidade de se aplicar a cobertura transparente em uma área maior e mais diversa. Os pesquisadores estimam que, se aplicada em todas as superfícies de vidro estimadas nos Estados Unidos, o dispositivo poderia criar energia suficiente para gerar 40% da demanda do país.

“É para isso que estamos trabalhando”, disse Lunt, em comunicado. “As aplicações de energia solar mais tradicionais foram pesquisadas durante as últimas cinco décadas, enquanto nós trabalhamos nessa nova versão há apenas cinco anos. Acreditamos que a tecnologia oferece um caminho promissor para a adoção de energia solar barata e acessível, em escala que, até agora, é completamente fora da realidade.”

Você pode ver uma dessas células solares transparentes em ação no vídeo abaixo. O estudo foi publicado no Nature Energy.

Fonte: Super Interessante

Engenheiros criam tijolos super-resistentes com o ‘solo’ de Marte

Estrutura é mais forte que concreto reforçado com aço e feita sem aditivos químicos. Ideia é que o material seja utilizado em viagens ao planeta

Com a compressão de um material que simula o solo de Marte, cientistas desenvolveram tijolos super-resistentes. A técnica, que não utiliza aditivos químicos ou cozimento em fornos, tem como resultado estruturas mais resistentes que concreto reforçado com aço e, segundo os pesquisadores, pode ser utilizada na fabricação de grandes estruturas em Marte. A descoberta, descrita nesta quinta-feira na revista Scientific Reportsé um passo importante na ida de astronautas ao planeta, prevista para acontecer até 2030. A ideia é que esses tijolos sejam empregados na construção de habitações e pistas de pouso para naves.

Inicialmente, os pesquisadores formaram tijolos com o produto que simula o solo marciano e usaram 6% de aditivos químicos, que funcionavam como liga na mistura do material (os tijolos comuns, que usamos em construções, têm até 15% de uma substância usada como liga). Essa quantidade foi diminuída aos poucos para verificar qual a menor porcentagem necessária para que o material não quebre. Para a surpresa dos pesquisadores, eles conseguiram retirar completamente os aditivos da composição dos tijolos, sem que ele apresentasse fissuras.

Tijolos feitos como solo marciano (Jacobs School of Engineering/Universidade da Califórnia em San Diego/Divulgação)

Para confeccionar o material, os cientistas colocaram o composto que imita o solo marciano em um tubo de borracha e aplicaram uma pressão, equivalente a soltar um martelo de 4,5 quilos caindo de uma altura de um metro. Como resultado, obtiveram uma resistente placa redonda, com 2,54 centímetros de altura. Essas estruturas resultantes da compressão podem ser cortadas em formatos de tijolos, semelhantes aos utilizados na construção civil.

Os cientistas acreditam que as nanopartículas de óxido de ferro presentes na composição do solo de Marte, responsáveis pela cor avermelhada do planeta, é o que serve como liga para a estrutura. As partículas de ferro têm faces planas que se ligam facilmente umas às outras sob pressão. Como resultado, a estrutura criada pela equipe de pesquisadores apresentou uma barreira contra a penetração de gases semelhante à de rochas sólidas e uma resistência maior que a de concreto reforçado com aço. Os engenheiros acreditam que, se aplicada uma pressão maior, podem ser feitas estruturas ainda mais resistentes.

Placa redonda feita com solo marciano (Jacobs School of Engineering/Universidade da Califórnia em San Diego/Divulgação)

Construções marcianas

A ideia dos astrônomos é que, para edificar uma estrutura em Marte, astronautas usem o material em um tipo de construção em camadas, como na impressão 3D. Com esse método, eles compactariam uma camada de solo em cima da outra e conseguiriam formar grandes estruturas  no planeta.

A próxima etapa do estudo será desenvolver tijolos maiores e realizar testes de resistência com grandes estruturas. Um outro impasse a ser resolvido é a presença de perclorato, um sal tóxico a humanos, no solo de Marte, que poderia tornar o uso destes tijolos inviáveis.

Dicas de Construção: Quais as diferenças entre oxidação, corrosão e ferrugem?

É importante que as empresas da área da construção saibam diferenciar as três etapas do processo corrosivo para proteger equipamentos e estruturas metálicas de forma mais eficaz

Como em outros segmentos de mercado, as empresas do setor da construção vivem às voltas com prejuízos causados pela oxidação, corrosão e ferrugem. Para se ter uma ideia do alcance do problema, estima-se que 30% da produção de aço no mundo seja usada na reposição de estruturas, instalações metálicas e equipamentos deteriorados por processos corrosivos.

Mas como proteger os metais de forma eficaz? A fabricante de especialidades químicas Quimatic Tapmatic enfatiza que é preciso, antes de tudo, entender as diferenças entre os três tipos de desgaste.

“A maioria das pessoas pensa que oxidação, corrosão e ferrugem são a mesma coisa, mas existem diferenças importantes a serem levadas em conta”, ressalta Marcos Pacheco, químico sênior da empresa. “É importante que as empresas reconheçam estas etapas do desgaste metálico, pois só assim será possível efetuar manutenções preventivas ou corretivas mais eficazes, práticas e economicamente vantajosas.”

O profissional lembra que adotar o tratamento correto de metais ajuda a evitar a perda precoce de peças e maquinários. Além disso, este cuidado garante a integridade de tubulações, tanques e outras estruturas que armazenam e transportam produtos nocivos ao meio ambiente.

Para leitores interessados em entender melhor as diferenças entre oxidação, corrosão e ferrugem, a Quimatic Tapmatic preparou a breve explicação a seguir:

Aplicação PCF – Fundo Convertedor de Ferrugem. Divulgação

Oxidação – Todos os metais podem sofrer o processo de oxidação. O motivo mais comum é o contato direto do metal desprotegido (sem pintura, por exemplo) com o ar, vapor d’água ou água. A oxidação é o início do processo de degradação do metal e deve ser tratada logo no início, para não dar origem à corrosão e ferrugem.

Corrosão – A corrosão é o desgaste do metal a partir da oxidação. Em um ciclo vicioso, ocorre um maior desprendimento do metal, que vai ficando cada vez mais exposto aos danos causados pelo contato com a atmosfera. Se o metal contar com ferro em sua composição – como aço e ferro fundido – dá-se início à ferrugem.

Ferrugem – Quando estão oxidados e corroídos, os metais ferrosos começam a gerar o hidróxido de ferro, a camada avermelhada conhecida como ferrugem. A ferrugem destrói a resistência do metal e, dependendo de sua amplitude, inviabiliza a recuperação.

Soluções anticorrosivas – Com a proposta de oferecer ao mercado soluções completas para o tratamento de estruturas metálicas, a Quimatic Tapmatic desenvolveu uma ampla linha de produtos anticorrosivos. A linha é composta por lubrificantes, protetivos e inibidores de corrosão, galvanização a frio, revestimentos epóxi, removedor e fundo convertedor de ferrugem. Conheça três das soluções sugeridas pela empresa:

CRZ – Galvanização Instantânea a Frio: Revestimento para proteger superfícies de ferro, aço ou cordão de solda da oxidação. Oferece as mesmas características de proteção anticorrosiva que a galvanização a quente. Aplicável com pincel, rolo, pistola ou spray. Passou mais de 1.200 h no teste de corrosão em névoa salina (“salt-spray”).

Quimox – Removedor de Ferrugem Ultrarrápido:Decapante químico para metais ferrosos. Garante remoção de ferrugem de forma rápida, principalmente em peças pequenas. Pode ser aplicado por imersão ou utilizado pincel.

PCF – Fundo Convertedor de Ferrugem: Converte a ferrugem em um fundo protetor para receber tinta de acabamento. Após o tempo de conversão total da ferrugem, a superfície está pronta para receber tinta à base de esmalte sintético, epóxi ou PU. Minimiza o trabalho e o custo para remoção da ferrugem.

Confira a linha de soluções da empresa no site: www.quimatic.com.br/produtos/anticorrosivos/

Cerca de 50% de resíduos sólidos são gerados pela indústria de construção

Incorporadora pretende reduzir pelo menos 20% desses resíduos

Por muito tempo as incorporadoras estavam preocupadas apenas com o número de construções, lançamentos e vendas no mercado imobiliário, porém, com a disseminação de assuntos ambientais, cada vez mais as empresas são direcionadas a recriarem os formatos de construir, e é isso o que a incorporadora CAPPINI faz com seus projetos.

A indústria da construção é uma das mais importantes para o crescimento e desenvolvimento do país, segundo dados da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ela é responsável por cerca de 2,47 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil.

Mesmo que as iniciativas ambientais sejam cada vez mais frequentes, o Conselho Internacional da Construção (CIB) aponta a indústria da construção como o setor de atividades humanas que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva. Além dos efeitos de matéria e energia, ainda é gerado um alto número de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Estima-se que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto de atividades humanas sejam provenientes da construção.

Por isso este é um desafio para as incorporadoras, melhorar o meio ambiente pode levar anos, mas repensar o modo de construir é um assunto essencial. “É muito importante o que a CAPPINI está fazendo com as questões de sustentabilidade, devemos dar exemplo e inspirar novas incorporadoras a fazerem o mesmo, já que nos preocupamos em causar menos impacto e prezar o bem das gerações futuras”, comenta o gerente de sustentabilidade da incorporadora CAPPINI, Marcos Reis.

De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil publicado pela a ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, em 2014, a construção civil é responsável por gerar cerca de 122.262 toneladas de resíduos por dia. É esse o cenário que os fundadores da incorporadora CAPPINI Negócios inteligentes pretendem mudar através de processos de construção civil sustentável em todo o ciclo do empreendimento.

Entre os principais objetivos de levar a sustentabilidade para a indústria da construção é respeitar os recursos naturais e, principalmente, o ser humano e suas futuras gerações. “Nossa missão é desenvolver cidades inteligentes e conectadas, mas sem deixar a sustentabilidade de lado. Temos um compromisso de reduzir em cerca de 20% os resíduos sólidos na construção. Além disso, estamos avaliando a implantação de recursos sustentáveis que possam reduzir os gastos condominiais ao longo da vida útil do empreendimento”, afirma o CEO da CAPPINI incorporações e Negócios Inteligentes, Raphael Grigoletto.

Sobre o projeto

O projeto da CAPPINI é mais que um apartamento, a incorporadora propõe um novo conceito de imóvel. Um modelo que já é muito comercializado em São Paulo, o imóvel compacto de alto padrão, proporcionando a compra de unidades exclusivas, com acabamentos diferenciados e a praticidade de unir qualidade a pequenos espaços, deixando o dia a dia do morador muito mais dinâmico.

A intenção da empresa é oferecer à cidade de Uberlândia o primeiro empreendimento com conceitos de sustentabilidade, personalização, conectividade e exclusividade, aliados a tecnologias que tornarão o empreendimento referência na cidade, como ser o primeiro prédio vertical a utilizar energia solar para as áreas comuns.

Fonte: Jornal da Construção Civil

Saiba como Precificar um Serviço de Engenharia

A dúvida sobre como cobrar por um serviço é mais comum do que se imagina. Muitos profissionais que escolhem empreender – por oportunidade, desejo pessoal ou necessidade –, se deparam com a incerteza de quanto cobrar pelas atividades que exercem.

Na área de engenharia, e também para outras áreas, existe uma forma simples que pode ajudá-lo a ter uma ideia básica e contribuir para que, aos poucos, você seja capaz de elaborar o seu honorário real.

Uma maneira simples de precificar os seus serviços é definir qual o seu valor R$/hora de trabalho. É claro que para cada situação e para cada área de atuação existem suas especificidades. Entretanto, vamos expor uma planilha modelo, com informações básicas que vão ajudá-lo a chegar no seu valor.

É fácil e prático para quem está começando!

A planilha é autoexplicativa. Basta ajustar as variáveis conforme a sua demanda/necessidade. Adicione novas informações e/ou altere os parâmetros e você chegará ao seu honorário.

Com o valor estabelecido, está feito. Defina quantas horas você gasta para fazer o trabalho/atividade e precifique com base no valor R$/hora encontrado.

Tal cálculo vai ajudá-lo a trabalhar de forma honesta e a cobrar o valor que, realmente, merece pelo esforço que dedicará ao serviço.

Seja justo com você e com o mercado.

 

Faça o download clicando no botão abaixo:

Download da Planilha

 

Fonte: CAVE

Crea-RJ participa de Seminário de Engenharia Civil na Unigranrio

O Crea-RJ esteve presente no Seminário de Engenharia Civil da Unigranrio (SEMENG 2017) que teve como tema “Perspectivas e Possibilidades para os Engenheiros nos Dias de Hoje”. A vice-presidente do Crea-RJ, engenheira de operação-construção civil e de segurança do trabalho Teneuza Maria Cavalcanti Ferreira ministrou a palestra “Engenheiros Quem Somos?” em que falou sobre a importância do associativismo e apresentou os programas do Crea-RJ. A colaboradora Jaqueline Garrido explicou os benefícios do Progredir e do Crea-Júnior RJ.

Sob coordenação do Professor Elvio Machado, o evento acontece até amanhã no campus Duque de Caxias da Unigranro, no Auditório Wilson Chagas, a partir das 8h, na parte da manhã, e das 18h20, no período noturno.

Fonte: CREA-RJ

Custo da construção sobe 0,27% em setembro, diz IBGE

O custo nacional da construção, por metro quadrado, em setembro, foi de 1.057,99, sendo 539,52 relativos aos materiais utilizados e 518,47 provenientes do gasto com mão de obra.

O custo do metro quadrado (m²) na construção, registrado pelo Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), fechou o mês de setembro com alta de 0,27%, ficando 0,04 ponto percentual acima da taxa do mês anterior de 0,23%. Os dados foram divulgados hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O indicador acumulado no ano foi de 2,98% e o acumulado nos últimos doze meses ficou em 4,25%, apenas 0,01 ponto percentual maior que os 4,24% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2016, o índice foi 0,26%.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, em setembro, foi de 1.057,99, sendo 539,52 relativos aos materiais utilizados e 518,47 provenientes do gasto com mão de obra. Em agosto, o custo havia fechado em R$ 1.055,18. Segundo o IBGE, pesou na elevação o dissídio coletivo do setor da construção civil no Pará, o que aumentou as despesas com mão de obra no estado.

O Pará foi a região que teve a maior taxa de variação do país em setembro (1,47%), segundo o pesquisador do IBGE Augusto Oliveira. “Na variação de mão de obra observamos aumento significativo apenas no estado do Pará, onde tivemos dissídio coletivo. É um estado que tem pouco impacto no índice nacional. Como vínhamos registrando um maior número de dissídios nos outros meses, essa foi a taxa mais baixa dos últimos seis meses”, disse.

No índice nacional, teve maior impacto a variação do custo dos materiais, outro componente do Sinapi. O motivo foi o aumento de preços nos estados do Acre, Bahia, Distrito Federal, Ceará e Maranhão, que, em sua maioria, registraram alta nas despesas com o segmento relacionado ao cimento.

Com alta na parcela dos materiais em 4 estados, e com a variação captada na mão de obra no estado do Pará, consequência de reajuste salarial de acordo coletivo, a Região Norte apresentou a maior variação regional em setembro, 0,66%.

Este mês todos as regiões apresentaram taxas positivas, conforme a seguir: 0,39% (Nordeste), 0,10% (Sudeste), 0,19% (Sul) e 0,34% (Centro-Oeste).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram para: R$ 1.059,63 (Norte); R$ 982,83 (Nordeste); R$ 1.104,79 (Sudeste); R$ 1.100,68 (Sul) e R$ 1.061,59 (Centro-Oeste).

Fonte: Agência Brasil

Bioarquitetura: a sustentabilidade na construção civil

Os impactos ambientais causados por grandes empreendimentos têm trazido inúmeras consequências para a sociedade e para o meio ambiente. Aglomerados de edifícios, degradação da vegetação local, poluição dos rios que cortam as cidades entre outros são problemas existentes nos centros urbanos. Isso demonstra o quanto a necessidade do homem não está de acordo com a do meio ambiente. É claro que não há como construir sem causar danos ambientais, mas há formas de executar projetos de maneira menos danosa ou sustentável. É o que mostrou o arquiteto e sócio do escritório de arquitetura Baixo Impacto e da empresa Adoberia, Márcio Holanda, em uma palestra nesta terça-feira, 20, na Universidade de Fortaleza (Unifor).

O cearense explicou aos futuros arquitetos a lógica da bioarquitetura, tendência mundial. Segundo ele, a proposta é relacionar as construções com os ciclos ambientais. E isso é possível? Márcio mostrou que sim. Na palestra, apresentou empreendimentos em que utilizou materiais sustentáveis, como o tijolo de terra crua (Adobe), e técnicas antigas de construção que trouxeram ótimos resultados. São prédios institucionais, casas de alto padrão, casas populares em que dispõem do mesmo conforto de construções com materiais tradicionais.

”A proposta é mesclar a autoconstrução e as construções tecnológicas. Qualquer padrão é possível com a bioarquitetura”, disse na palestra. E seus projetos são provas disso. Márcio demonstrou casas luxuosas encomendadas por seus clientes em Florianópolis, onde reside, e casas populares, construídas na ilha de São Tomé, na África. Apesar do estilo diferenciado, as duas possuem algo em comum: o adobe. O nome não é muito conhecido, mas trata-se de um tijolo de terra crua moldado em fôrmas de madeiras. A extração desse material é simples já que está disponível na superfície terrestre.

Os benefícios do adobe são diversos. O material regula a temperatura interior, absorve poluentes, é de baixo custo e a sua preparação e transporte consomem cerca de 3% da energia necessária para produzir e construir com o concreto armado ou tijolo cozido. Além disso, também há medidas simples como a implantação de jardins nos telhados de casas, que otimizam a temperatura do local. Márcio explicou ainda que a bioarquitetura se adequa à necessidade e as condições do empreendimento, o que requer um novo olhar para cada projeto. ”A solução deve estar compatível com o problema. Vai de acordo com a necessidade. Saber onde ”aplicar” a técnica e como aplicá-la”, comentou.

Novas tecnologias

O desenvolvimento de novas tecnologias sustentáveis, como o adobe, vai depender muito das primeiras experiências dos profissionais inseridos nessa tendência. É preciso criar técnicas e tecnologias confiáveis que proporcionem conforto similar aos das tradicionais. Até o momento, são poucos exemplos de edificações de grande porte que vem adotando essa tecnologia, mas para Márcio é só uma questão de tempo.

”As ações têm que ser crescentes. No nosso caso, a gente direcionou para um mercado mais horizontal, residencial e institucional. A gente começou com pequenas ações porque tem que ganhar o público. A própria sociedade deve tecer essa demanda, pois não existe um produto sem a demanda”, disse Márcio ao O POVO Online. Além disso, ele comentou que a postura da sociedade vai exigir o surgimento de novas tecnologias ou empreendimentos de baixo impacto.

Durante a entrevista ao O POVO Online, exemplificou pequenas ações e tecnologias acessíveis que podem tornar um empreendimento sustentável e que atendem um dos três critérios da bioarquitetura: conforto e energia, saneamento e paisagismo e materiais saudáveis. ”Um dos tripés da bioarquitetura, o saneamento e paisagismo, é um dos mais simples que a gente pode fazer. Nesse aspecto, o saneamento trata-se de soluções individualizadas. Tratar o próprio esgoto de forma biológica e reutilizá-lo nos jardins do próprio edifício, por exemplo. Isso é plenamente viável e já tem tecnologia disponível”, ressaltou.

Custo x Benefício

A questão dos custos com a adoção de técnicas sustentáveis partem de uma lógica de benefícios a médio e a longo prazo. Além disso, variam de empreendimento para empreendimento e as funcionalidades que exercem. ”Existem elementos que vão aumentar ou diminuir os custos e que possuem valores similares. Então, não dá para dizer que a construção ecológica é mais barata ou mais cara, pois existem custos de implementação e custos de manutenção daquela obra. Então, se você gasta menos com a implementação e gasta muito mais com a manutenção, o que é mais econômico?”, questionou.

O cearense também frisou da importância de mudar a ideia de custos quando se trata de bioarquitetura. Segundo ele, a nova técnica trabalha com a sustentabilidade, o que exige outra linha de pensamento. ”Nada que é sustentável é rápido demais. A própria natureza mostra isso. Uma semente para virar uma árvore, que é um processo sustentável, tem um prazo para acontecer. Não é do dia para o outro que vamos ter uma árvore. Então, se a gente pensa em construção sustentável temos que mudar um pouco a mentalidade sobre custos”, ressaltou.

Universidade

Márcio Holanda, representante da empresa Adoberia e do escritório de arquitetura Baixo Impacto, foi convidado pelos cursos de arquitetura da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade de Fortaleza (Unifor) para mostrar a ideia da bioarquitetura e como aplicá-la na construção civil. A primeira palestra ocorreu nesta terça-feira, 20, no auditório A3 na Unifor nos turnos Manhã e Tarde. Na noite desta quarta-feira, 21, o arquiteto se apresenta no auditório do curso de Arquitetura e Urbanismo UFC às 18h.

Na palestra, o cearense apresentou os desafios que serão enfrentados pelos estudantes no futuro. Atender a demanda social e conciliá-la com as do meio ambiente vai exigir dos profissionais novas formas de construir e projetar. Para a estudante do 4º semestre de arquitetura e urbanismo da Unifor, Letícia Ibiapina, ter o contato com essas experiências contribuem para o desenvolvimento de novas técnicas na academia já que a bioarquitetura é um nova tendência.

”O homem destrói tanto a natureza em tantos aspectos e a construção participa desse processo. Então, a bioarquitetura é uma forma de integrar a construção não a destruição, mas a própria natureza. Isso é muito importante para melhorar a qualidade de vida e a manutenção dos ciclos do meio ambiente”, disse ao O POVO Online.

Entretanto, ela enxerga que a sustentabilidade ainda tem que enfrentar a lógica atual do mercado da construção civil. ”Como acadêmica, eu acho que a grande maioria dos escritórios de arquitetura visa ganhar o máximo possível e não se interessam pelo sustentável. Mas acredito que a tendência é que a sustentabilidade seja cada vez mais implementada”, concluiu.

 

Fonte: Obra 24 Horas, original O Povo.