Economia capixaba retoma o crescimento, assegura secretário da Fazenda

O Governo do Estado encerrou o ano de 2017 com um Resultado de Caixa superavitário de R$ 331 milhões. Ao longo do ano, o Governo também aumentou os investimentos realizados com recursos próprios, registrou queda no endividamento e manteve a despesa com pessoal dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

As informações foram divulgadas pelo secretário de Estado da Fazenda, Bruno Funchal, na tarde desta segunda-feira (26), durante a prestação de contas do terceiro quadrimestre de 2017 à Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). A prestação de contas aconteceu em cumprimento ao que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Em 2017, a renda líquida do petróleo apresentou uma recuperação de R$ 371 milhões em relação ao ano de 2016, fechando o ano com uma arrecadação de R$ 1,3 bilhão. E, a arrecadação do ICMS, que é o principal imposto do Estado, apresentou uma reversão a partir do segundo semestre. “Desde 2014 essa foi a primeira vez que o Estado registra um aumento da receita”, destacou o secretário.

Secretário disse a deputados que reformas da Previdência e tributária são necessárias Foto: Ellen Campanharo

Resultados

Segundo Bruno Funchal, o aumento das rendas do petróleo e o crescimento da receita tributária, alinhados às ações do Governo para manutenção do equilíbrio das contas, foram os responsáveis por resultados positivos no fechamento do exercício. “Esses resultados nos permitiram aumentar e qualificar os investimentos realizados com recursos próprios. Também nos possibilitou conceder o abono aos servidores, que totalizou R$ 85 milhões, e o reajuste no auxílio alimentação”, afirmou.

O resultado primário, que desconsidera as receitas e as despesas financeiras e é utilizado como medida de capacidade de pagamento do ente, também apresentou superávit em 2017 de R$ 512 milhões, uma evolução de 62% em relação ao ano anterior.

O investimento com recursos próprios registrou um saltou de R$ 126 milhões, em 2016, para R$ 165 milhões em 2017. Um incremento real da ordem de 27,4%. Já o total investido, consideradas todas as fontes de recursos, subiu de R$ 581 milhões para R$ 670 milhões.

Pessoal

No que diz respeito à Despesa de Pessoal, o Estado observou os limites estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A Despesa de Pessoal em relação à Receita Corrente Líquida (RCL) do Estado fechou 2017 em 43,3%, praticamente repetindo o resultado de 2016, de 43,33%.

Segundo o secretário, esse é um resultado controlado, especialmente pela dinâmica com a Despesa de Pessoal no Estado e pela expectativa de aumento da receita em 2018. “O Estado vem controlando a despesa de pessoal e a tendência é de um aumento da receita corrente líquida, por conta disso acreditamos que vamos conseguir a manutenção desse indicador abaixo do limite de alerta”, afirmou.

Com informações da Ascom da Sefaz

Indústria capixaba precisa de profissionais de nível técnico

Os setores de extração de petróleo e gás natural, construção, extração de minerais metálicos, celulose e papel e metalurgia são os que mais contribuem para o desenvolvimento industrial do Espírito Santo. Juntos, esses segmentos representam 69,3% da indústria do estado. Os dados constam no Portal da Indústria.

Com essa amplitude, o diretor geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Rafael Lucchesi, lembra das vantagens que os cursos técnicos proporcionam. Segundo o especialista, o setor industrial demanda muita mão de obra qualificada em áreas de nível técnico e os jovens devem ficar atentos às oportunidades oferecidas no estado.

“A educação profissional técnica é algo importante na realização dos projetos de vida dos jovens brasileiros, bem como algo importante para aumentar a nossa produtividade do trabalho e aumentar a competitividade das empresas”, comenta Lucchesi.

De acordo com o último balanço apresentado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o PIB capixaba chegou a R$ 31,2 bilhões. Em 2016, o setor industrial gerou 170.496 empregos formais no Espírito Santo, com média de salários de R$ 2.581.

Analistas enxergam os cursos técnicos como a maneira mais rápida de conseguir um emprego. De acordo com o professor da PUC-SP e especialista em Pensamento Estratégico e Gestão de Pessoas, Maurício Sampaio, essa modalidade de ensino supera, inclusive, os cursos de nível superior, quando o assunto é entrar no mercado de trabalho.

O setor industrial demanda muita mão de obra qualificada em áreas de nível técnico e os jovens devem ficar atentos às oportunidades oferecidas no estado.

“O ensino técnico, para mim, é uma porta de entrada no mercado de trabalho, mas veloz até do que a própria faculdade. Eu acho que ele vai te dar condições específicas. Nem todo mundo tem essa mão de obra qualificada. Por isso muito gente desempregada. Então, para muita gente, o ensino técnico é um grande caminho”, afirma Sampaio.

Um levantamento feito pela empresa multinacional de seleção e recrutamento ManpowerGroup, aponta que, em todo o país, 61% das empresas brasileiras querem contratar, mas têm dificuldades de encontrar pessoas capacitadas para trabalhar, principalmente que atuem em áreas de nível técnico.

Além disso, um estudo encomendado pelo Senai, feito com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, mostra que, profissionais que fizeram cursos técnicos têm um acréscimo na renda de 18%, em média, em relação a pessoas com perfis socioeconômicos semelhantes que concluíram apenas o ensino médio regular.

Por Marquezan Araújo – Agência do Rádio Mais

Com retomada da economia, 19 setores da indústria crescem em 2017

Após registrar o primeiro resultado positivo em anos, atividade industrial promete período ainda mais produtivo

O ano passado sacramentou o fim de uma das piores recessões já enfrentadas pelo Brasil. Nesse período, a indústria nacional amargou péssimos resultados, mas passou a se recuperar com a volta do crescimento do País. Em 2017, a produção industrial voltou a crescer e ficou em 2,5%, o melhor resultado desde 2010.

Essa retomada é ainda mais relevante ao levar em conta que a grande parte dos setores industriais apresentou resultados positivos em 2017. Dos 26 segmentos da indústria, 19 se recuperaram – o que significa 73% do total dos ramos pesquisados pelo IBGE.

Entre os destaques do ano estão o avanço na produção de equipamentos de informática (+19,6%), automóveis e reboques (+17,2%), metalurgia (+4,7%) e ainda a retomada da indústria extrativa (+4,6%). Contudo, a indústria nacional ainda não se recuperou totalmente da recessão. Isso porque o resultado não foi suficiente para apagar as fortes retrações de 6,4% e 8,3% sofridas em 2016 e 2015, respectivamente.

O que podemos esperar?

Tudo indica que neste ano a economia vai crescer de forma mais vigorosa, por volta de 3%. E, com isso, a indústria brasileira deve acompanhar esse movimento. Para analistas  do mercado financeiro, o crescimento pode chegar a 3,76%.

“2017 interrompeu três anos de queda em sequência na produção, o que significa o primeiro passo para reverter essas perdas”, afirma o gerente da Coordenação da Indústria do IBGE, André Macedo. “Há esse predomínio de taxas positivas, com destaque para a indústria automobilística”, aponta.

Para Macedo, afirmar que a produção industrial será ainda mais vigorosa em 2018 ainda é cedo, mas a expectativa é positiva diante do bom resultado do ano passado. “A gente termina 2017 de uma forma diferente […] termina com trajetória ascendente”, conclui.

Findes anuncia resultado da indústria capixaba e redução de demissões

A Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) analisou o resultado oficial da produção física industrial capixaba em 2017, indicador divulgado pelo IBGE e analisado pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies). Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (08), no auditório da Findes, em Santa Lúcia, em Vitória.

Durante a apresentação, que foi realizada por meio de entrevista coletiva, foram apresentadas duas publicações do Instituto que detalharam os resultados da economia capixaba: Fato Econômico Capixaba e Indústria em Números.

A produção física da indústria capixaba acumulou alta de 1,7% em 2017, interrompendo a queda de -18% registrada em 2016. Desta forma, conclui-se que houve o crescimento da indústria no estado. Além disso, quatro dos cinco setores pesquisados tiveram resultado positivo – com destaque para produtos alimentícios (13,2%).

Na comparação entre os meses de dezembro de 2017 e 2016, houve retratação de -5,1%, pressionada pelo recuo na produção de óleos brutos de petróleo, gás natural, celulose e cimentos “Portland” e granito.

O vice-presidente da Findes, José Carlos Zanotelli, ressaltou que vários setores da economia capixaba estão recebendo investimento. “Estamos investindo bastante na federação em inovação e na abertura de novos negócios pulverizados. A matriz industrial capixaba é muito concentrada e possui um número de empresas limitadas, por isso estamos criando um ambiente bem seguro para as empresa no Estado justamente para que não haja muitas perdas”, contou.

MERCADO DE TRABALHO

Outro ponto principal da apresentação foi a análise do mercado de trabalho capixaba, que registrou queda na perda de postos de trabalho. No período de 2017, houve 1.777 demissões, enquanto em 2016 a indústria foi responsável por 15.118 demissões.

O levantamento aponta que os profissionais com maior nível de escolaridade tiveram saldo positivo de emprego em 2017: o nível médio e o superior incompleto registraram menos vagas em comparação ao nível superior. Os demais níveis sofreram redução de 7,5 mil postos de trabalho.

O diretor do Ideies, Marcelo Saintive, afirma que a economia começa a crescer, porém o mercado de trabalho será o último a reagir. O Estado está em uma recuperação cíclica e a tendência é a melhora do mercado formal, mas o informal também começará a evoluir.

“A expectativa é de que em 2018 o saldo das perdas de postos de trabalho seja menor ou positivo. Claro que isso vai depender da recuperação econômica, mas desejamos e esperamos que o saldo seja o mais positivo possível”, pontuou o diretor.

Já Zanotelli reforça que o estudo e a especialização são necessários. “É importante continuar estudando, fazer cursos, falar uma língua estrangeira, e não deixar de se especializar, pois o mercado existe isso. Temos o Senai, que está justamente engajado em auxiliar a empregabilidade. A expectativa é de que em 2018, possamos reduzir ainda mais as demissões”, finalizou.

SAMARCO

Mais uma vez, o retorno das atividades da mineradora Samarco foi assunto de pauta. O vice-presidente da Findes destacou que a empresa é importante para a economia do estado, representando 5% do PIB capixaba. Ele cogitou que a empresa poderá voltar às atividades ainda neste ano.

“A base de Ubu (em Anchieta) está pronta para funcionar, e em Mariana (Minas Gerais), está quase em funcionamento, o que representa 50% de capacidade da empresa. O licenciamento está em tramitação e a expectativa é de que a empresa volte a operar no segundo semestre”, ressaltou.

Entretanto, a mineradora Samarco desligou aproximadamente 600 empregados e manteve 1.135, divididos entre as unidades de Mariana, em Minas Gerais, e Anchieta, no Espírito Santo. Após oferecer, no final do ano passado, um segundo plano de demissão voluntária (PDV) a seus funcionários, a mineradora disse que as medidas foram necessárias devido às dificuldades econômicas, já que a mineradora está há mais de dois anos sem produzir.

Fonte: ESBrasil

Commodities voltam a impulsionar exportações capixabas

As exportações capixabas cresceram 23% no ano passado, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), acima da média nacional (17,5%).

Análise do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Findes mostra que as commodities registraram alta de 48% no Estado, puxando o crescimento na comparação com 2016.

O desempenho recupera parte da queda ocorrida em 2015 e 2016, quando houve redução acumulada de 56% nas exportações do Estado – contra retração de 18,1% no país no mesmo período. Em valores absolutos, o Espírito Santo exportou US$ 8 bilhões em 2017; deste valor, US$ 3,5 bilhões vieram das commodities, em especial as minerais.

O minério de ferro segue sendo o principal produto da pauta do Estado, representando 26% do total de exportações. Completam a lista: petróleo (11%); semimanufaturados de ferro ou aço (15%); celulose (13%); laminados de ferro ou aço (8,6%); e mármore e granito (8,2%). Os seis produtos representaram, juntos, 81,8% do valor exportado pelo Espírito Santo em 2017.

Entre os bens manufaturados, as maiores variações foram notadas nos laminas de ferro ou aço, com acréscimo de 38,5% em relação a 2016, e nos tubos flexíveis de ferro ou aço, que sofreram redução de 45,6% no valor exportado. O gerente do Centro Internacional de Negócios, Frederico Miranda Silva, destacou a solidez dos bens manufaturados diante da oscilação das commodities.

“Os produtos básicos foram os grandes responsáveis pela oscilação, enquanto as exportações de bens manufaturados variaram muito pouco desde 2015.Na análise do valor exportado, os produtos de maior valor agregado não perderam espaço nos últimos dois anos, período em que as commodities chegaram a cair 56% no Espírito Santo”, pontuou o gerente.

Soluções para Conflitos Ambientais pelo uso da água em debate na FINDES nesta segunda (15)

A busca por acordo para impedir conflitos acerca do uso da água requer clareza e discussão. O Conselho de Meio Ambiente (Consuma) da Findes, em parceria com a ArcelorMittal, promove no dia 18 de dezembro, de 9h às 17h, o curso “Soluções de conflitos ambientais pelo uso da água”, no Edifício Findes.

Ministrado pelo professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Valmir Pedrosa, o curso vai discutir os conceitos de cooperação, prevenção e diminuição de conflitos na área dos recursos hídricos, com uso de exemplos nacionais e internacionais. Também estará em pauta a discussão de assuntos atuais relacionados ao tema, como a identificação da estrutura legal e institucional vigente noBrasil, além do engajamento de stakeholders no processo da crise hídrica.

Ao final do curso, os participantes estarão capacitados para preparar, organizar e se engajar em um processo de negociação de conflitos sobre recursos hídricos, com condições de aplicar um conjunto de habilidades e ferramentas para sua solução.

O evento é direcionado, em especial, para profissionais que atuam na área de recursos hídricos e na interface dos temas de gerenciamento de conflitos pelo uso da água. As inscrições podem ser realizadas no link eventos.sistemafindes.org.br

Serviço:

Curso Solução de Conflitos ambientais pelo uso da água

Quando: segunda-feira (18), das 9h Às 17h
Onde: Edifício Findes – Plenário – 9º andar
Inscrições gratuitas em: eventos.sistemafindes.org.br

Crescimento de emprego formal em setembro foi puxado pela indústria

O resultado de setembro foi puxado pela indústria, com mais 25.684 postos, e pelo comércio, com 15.040 empregos novos

O crescimento de 34.392 postos de trabalho formal, o sexto resultado positivo em sequência, “consolida um quadro no sentido de geração positiva de emprego”, segundo avaliou nesta quinta-feira, 19, o coordenador-geral de Estatísticas do Trabalho, Mário Magalhães. Os resultados acumulados em 12 meses ainda estão negativos em 466.654 postos, mas ele destacou que os números já são melhores do que os vistos há um ano, quando a saldo negativo superava 1,5 milhão de vagas.

O resultado de setembro foi puxado pela indústria, com mais 25.684 postos, e pelo comércio, com 15.040 empregos novos. Esse movimento, disse Magalhães, é típico do final do ano. A indústria se aquece para dar conta das encomendas de final do ano e o comércio já contrata para as festas.

Ao analisar os dados dos serviços, que tiveram expansão de 3.743 postos em setembro, ele destacou a geração de postos em todos os segmentos do ensino e na construção civil. Eles estão concentrados na construção de linhas de transmissão e telefonia, enquanto a construção de edifícios está negativa. Segundo o coordenador, isso mostra que as famílias, embora tenham retomado o consumo de bens duráveis, ainda não partiram para a aquisição de imóveis.

As instituições de crédito registraram fechamento de 1.573 vagas no mês. Segundo Magalhães, os bancos múltiplos passam por um processo de reestruturação “intensa” já há alguns meses. Essa tendência atingiu inclusive Caixa e Banco do Brasil.

Houve também queda de 4.017 vagas em alojamento, alimentação, reparação e manutenção. “Foi uma surpresa negativa”, admitiu. As demissões atingiram principalmente os serviços de limpeza de prédios e vigilância e segurança privada.

Indústria 4.0: Findes debate perfil do profissional do futuro

Quais são os desafios do trabalhador da indústria do futuro? Que tipo de profissões vão surgir com o avanço da Indústria 4.0? Estas e outras questões serão debatidas na próxima segunda-feira (09), no auditório da Findes, no seminário “Indústria 4.0 – Impactos na produtividade e no perfil do profissional”.

O evento, organizado pelo Senai-ES, terá a participação de dois diretores da alemã Festo Didatic, referência mundial em automação e instrumentação. O diretor global de pesquisa, o alemão Reinhard Pittschellis, e o gerente executivo da Festo no Brasil, Victor Teles, conduzirão o debate. Haverá tradução simultânea para os participantes.

“Este seminário é muito importante porque vai apresentar o tipo de profissional que precisaremos em nossas empresas, abordando os desafios do chão de fábrica e as tendências tecnológicas implantadas no mundo”, adiantou o diretor de Inovação, Tecnologia e Produtividade do Senai-ES, Mateus Simões de Freitas.

O objetivo do encontro é envolver docentes do Senai, lideranças industriais, além de professores e pesquisadores de universidades públicas e privadas, bem como instituições ligadas à ciência, tecnologia e inovação. A entrada é gratuita.

 

Serviço:

Indústria 4.0 – Impactos na produtividade e no perfil do profissional

Data: 09 de outubro

Horário: das 9h às 12h

Local: Edifício Findes, 9º Andar, Auditório

 

 

Por: Rafael Porto

Fonte: FINDES