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Indústria capixaba precisa de profissionais de nível técnico

Os setores de extração de petróleo e gás natural, construção, extração de minerais metálicos, celulose e papel e metalurgia são os que mais contribuem para o desenvolvimento industrial do Espírito Santo. Juntos, esses segmentos representam 69,3% da indústria do estado. Os dados constam no Portal da Indústria.

Com essa amplitude, o diretor geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Rafael Lucchesi, lembra das vantagens que os cursos técnicos proporcionam. Segundo o especialista, o setor industrial demanda muita mão de obra qualificada em áreas de nível técnico e os jovens devem ficar atentos às oportunidades oferecidas no estado.

“A educação profissional técnica é algo importante na realização dos projetos de vida dos jovens brasileiros, bem como algo importante para aumentar a nossa produtividade do trabalho e aumentar a competitividade das empresas”, comenta Lucchesi.

De acordo com o último balanço apresentado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o PIB capixaba chegou a R$ 31,2 bilhões. Em 2016, o setor industrial gerou 170.496 empregos formais no Espírito Santo, com média de salários de R$ 2.581.

Analistas enxergam os cursos técnicos como a maneira mais rápida de conseguir um emprego. De acordo com o professor da PUC-SP e especialista em Pensamento Estratégico e Gestão de Pessoas, Maurício Sampaio, essa modalidade de ensino supera, inclusive, os cursos de nível superior, quando o assunto é entrar no mercado de trabalho.

O setor industrial demanda muita mão de obra qualificada em áreas de nível técnico e os jovens devem ficar atentos às oportunidades oferecidas no estado.

“O ensino técnico, para mim, é uma porta de entrada no mercado de trabalho, mas veloz até do que a própria faculdade. Eu acho que ele vai te dar condições específicas. Nem todo mundo tem essa mão de obra qualificada. Por isso muito gente desempregada. Então, para muita gente, o ensino técnico é um grande caminho”, afirma Sampaio.

Um levantamento feito pela empresa multinacional de seleção e recrutamento ManpowerGroup, aponta que, em todo o país, 61% das empresas brasileiras querem contratar, mas têm dificuldades de encontrar pessoas capacitadas para trabalhar, principalmente que atuem em áreas de nível técnico.

Além disso, um estudo encomendado pelo Senai, feito com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, mostra que, profissionais que fizeram cursos técnicos têm um acréscimo na renda de 18%, em média, em relação a pessoas com perfis socioeconômicos semelhantes que concluíram apenas o ensino médio regular.

Por Marquezan Araújo – Agência do Rádio Mais