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O que falta para que o Brasil conquiste a excelência em inovação

Tema foi debatido no EXAME Fórum Inovação, realizado por EXAME e pela CNI nesta manhã, em São Paulo

São Paulo – O Brasil ainda caminha a passos lentos na busca pela inovação. O país está na 69ª posição do Índice Global de Inovação, principal ranking internacional sobre o tema, e despencou 22 posições nos últimos sete anos.

A resposta para o que falta para o Brasil conquistar a excelência em inovação não é simples, mas alguns caminhos possíveis foram debatidos no EXAME Fórum Inovação, realizado por EXAME e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta manhã, em São Paulo.

O evento reuniu líderes empresariais de uma iniciativa que tem ganhado força no Brasil, a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), coordenada pela CNI.

Para a presidente da SAP Brasil, Cristina Palmaka, a excelência em inovação só vai se tornar realidade com diálogo aberto e indicadores claros do que o país quer buscar. “Precisamos perseguir esses indicadores de forma acelerada. Temos que transformar a simpatia do brasileiro pela internet e pelo Facebook em algo produtivo”, diz.

Velocidade é a chave para a transformação acontecer e, para isso, líderes empresariais apontam que é preciso se desprender de algumas amarras características do Brasil. Entre elas, condições macroeconômicas, insegurança jurídica e carga tributária.

“Temos 40 empresas multinacionais. Isso é muito pouco e reflete esse problema”, diz o presidente da Iochpe-Maxion, Dan Ioschpe.

Há também amarras culturais, como sugere o presidente da GranBio, Bernardo Gradin. Ele destaca que o brasileiro, em geral, tem pouca tolerância ao risco. No entanto, o fracasso é a base para a inovação. “Se tivermos que acertar de primeira sempre, não vamos inovar nunca”, explica.

Momento é de oportunidade

Apesar das dificuldades e do longo caminho pela frente, líderes empresariais acreditam que o momento é oportuno para acelerar a inovação no Brasil. Saiba mais: 6 dicas da ContaAzul para praticar inovação em qualquer tipo de negócio Patrocinado 

“É hora de tomar decisões estratégicas que possam nortear o caminho a ser percorrido nos próximos cinco ou dez anos. As tecnologias disruptivas vão nos invadir se não fizermos nada”, diz o presidente da Bosch América Latina, Besaliel Botelho.

A tecnologia já está presente no país, mas falta transformá-la em benefícios para a sociedade. “Às vezes achamos que a inovação é algo megalomaníaco. Podemos pensar em inovação como ciclos curtos. A inovação virá de pequenos processos”, defende Palmaka, da SAP Brasil.

Instrumentos para inovar se tornam cada vez mais acessíveis e está mais fácil utilizá-los para dar grandes saltos. “A democratização de acesso que vem junto com a evolução tecnológica é importante”, diz o vice-presidente executivo de Engenharia da Embraer, Mauro Kern.

Além de instrumentos mais acessíveis, uma nova geração de empreendedores também contribui para o avanço mais acelerado da inovação . “Tem mais gente disposta a empreender mais cedo, que aceita o erro”, ressalta Gradin, da GranBio.

O EXAME Fórum Inovação também divulgou um estudo inédito sobre riscos e oportunidades do Brasil frente às inovações da indústria 4.0.

Indústria paulista cria 9,5 mil postos de trabalho em abril

Resultado do acumulado do ano também evidencia uma variação positiva com 32 mil novas vagas

indústria paulista gerou 9,5 mil novos postos de trabalho em abril, apresentando uma alta moderada de 0,44% em relação a março, segundo dados da pesquisa de Nível de Emprego do Estado, divulgados hoje (16) pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O resultado do acumulado do ano também evidencia uma variação positiva com 32 mil novas vagas (+1,50%).

O vice-presidente da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, destacou que o resultado mostra um viés de baixa para o emprego na indústria.

“Apesar de ser o segundo ano consecutivo em que o emprego em abril tem um resultado positivo, os dados estão aquém do esperado, com o nível de emprego industrial exibindo uma recuperação bastante lenta. Por conta ainda de um ambiente de incertezas no cenário político e dos elevados níveis dos spreads bancários, percebemos que há uma perda de fôlego no processo de retomada da atividade econômica”, afirmou Roriz Coelho.

Setores e regiões

Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de abril, 13 ficaram positivos, 3 estáveis e 6 negativos. Entre os positivos, os destaques ficaram por conta de produtos alimentícios, com geração de 5.817 postos de trabalho, seguidos por derivados de petróleo e biocombustíveis (+1.435), produtos de metal (+1.397) e veículos automotores, reboques e carroceria (+810).

No campo negativo ficaram, principalmente, confecção de artigos do vestuário e acessórios (-941) e produtos têxteis (-380).

A pesquisa também apurou que houve variação positiva de 0,44% na geração de empregos no estado de São Paulo e no interior paulista. Já na Grande São Paulo, houve queda (-0,07%).

FIEP realizará de 14 a 18 de maio Semana da Indústria 2018

A programação da Semana da Indústria na Paraíba será aberta no dia 14 de maio, às 18h30, na sede da FIEP, em Campina Grande, pelo Presidente da Federação, Francisco de Assis Benevides Gadelha. Durante a programação haverá o lançamento da Exposição Fotográfica: Memória Patrimônio Histórico do Sistema Indústria da Paraíba.

A exposição que será montada no Centro de Convenções da Federação das Indústrias e contará a história da indústria paraibana através dos diversos segmentos produtivos, representados pelos 26 sindicatos associados a FIEP. O espaço também vai abordar sobre o desenvolvimento industrial, e mostrará os avanços do setor com a indústria 4.0.

O evento terá continuidade no dia 15, com o lançamento do Conceito Indústria Criativa SENAI 2018, e um talkshow sobre “Criatividade, Tecnologia e Design”, no auditório da instituição.

Já no dia 16 de maio, ocorrerá um Encontro Comercial com as empresas da Paraíba, onde será apresentado o portfólio de serviços do Sistema Indústria. Dentro da programação acontecerá também um Workshop com o tema “Inteligência Emocional na Empresa, respeitando as diferenças e Valorizando os Talentos”, com a participação do presidente da Academia Brasileira de Coaching e Desenvolvimento e Master Business Coach, José Paulo Leão.

Na quinta-feira, dia 17/05, o público acompanhará um Torneio de Robótica, que envolverá os alunos do SESI da Paraíba, e um talkshow onde será discutido o tema “O futuro das profissões na Indústria 4.0”, o debate terá a participação do Presidente da FIEP, o gerente de Inovação e tecnologia do SENAI Nacional, Fábio Pires, com mediação de um jornalista convidado.

O encerramento da Semana da Indústria acontecerá no dia 18 de maio, às 20h, com o show musical “Entre Eles”, do cantor Alexandre Tan, e de Calliandra Andrade.

Indústria brasileira da borracha emprega 80 mil pessoas

Os seringais no Brasil renderam, no ano passado, R$ 346 milhões.

A borracha vem do látex extraído da seringueira. A seringueira (Hevea brasiliensis) foi um dos principais produtos da economia nacional entre 1870 e 1920, quando era responsável por 25% das exportações do Brasil, perdendo apenas para o café.

Na indústria, a borracha se transforma principalmente em pneus de veículos e aviões. Mas ela está também nas luvas cirúrgicas, nos preservativos, no revestimento do piso. Dentro de casa, está na sandália, na chupeta, no travesseiro, na decoração de festas.

Hoje, no Brasil, a maior parte da borracha vem de plantios comerciais. A seringueira é cultivada em doze estados: São Paulo, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Pará, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Paraná, Amazonas e Acre. São mais de 25 mil famílias que vivem do produto da seringueira em mais de 40 mil hectares de área plantada.

Plantações e indústrias empregam 80 mil pessoas. Em 2017, os seringais renderam R$ 346 milhões.

 

 

Calendário traz as principais feiras indústrias de 2018 e artigo sobre os 60 anos do setor no país

O CALENDÁRIO DAS FEIRAS INDUSTRIAIS 2018 acaba de ser lançado. A publicação, da Consultoria de Comunicação e Marketing Ello Consultores, responsável pelo site Feiras Industriais, é uma ferramenta de mercado indispensável e estratégica para os profissionais que atuam no ramo industrial e das feiras e eventos de negócios.

São ao todo cerca de 150 feiras do segmento da indústria, organizadas por setores, de diversas regiões do País – com dados como nome, site, datas de início e fim, além da cidade. “O calendário 2018 é resultado de um trabalho de esforço, dedicação e pesquisa e conhecimento, respaldado nesses mais de 20 anos de atuação nesse segmento industrial”, ressalta Eliane Bastos, diretora da Ello Consultores.

De acordo com ela, as feiras são eficientes ferramentas de mídia presencial e, neste momento, de recuperação da economia brasileira, tornam-se excelentes estratégias para divulgar produtos, serviços e conquistar novos clientes e mercado. “E não é à toa que o setor comemora 60 anos de surgimento em 2018. O Brasil é, hoje, um dos principais polos globais de feiras de negócios, com as principais marcas mundiais atuando no País”, explica.

60 anos da indústria das feiras

Para comemorar os 60 anos de surgimento das feiras de negócios no Brasil, o CALENDÁRIO DAS FEIRAS INDUSTRIAIS 2108 traz um artigo especial, elaborado por Ivaldo Gonçalves, especialista e estrategista em marketing de feiras e eventos de negócios.

No artigo, ele destaca profissionais que ajudaram a construir este importante setor da economia atual, a participação das mulheres e o futuro desse mercado. Portanto, um material de consulta essencial para quem deseja saber um pouco mais sobre o mercado brasileiro de feiras e eventos de negócios.

Para adquirir o calendário, o interessado possui duas opções: versão gratuita, assinatura básica, por meio de preenchimento de cadastro – consegue visualizar os dados do calendário pela web – ou assinatura Categoria Moderada, onde o interessado recebe, por e-mail, o documento em PDF com atualizações trimestrais.

Para obtê-las basta acessar o site http://www.feirasindustriais.com.br

Soluções para reduzir o Consumo de Energia na Indústria

Para melhorar seu faturamento, em um mercado cada vez mais competitivo e acirrado, as indústrias possuem basicamente duas alternativas: vender mais (o que não é exatamente fácil no ambiente econômico recessivo atual) e reduzir os custos de produção. Nesse sentido, elas têm trilhado vários caminhos.

Um deles, que entra em sintonia com os desafios do próprio País, é buscar maior eficiência energética, aproveitando ao máximo a energia comprada, cujo custo está cada vez mais alto. Para isso, é preciso identificar e reduzir desperdícios a Soluções Energia tem a melhor opção para sua empresa, entre em contato e fale com um de nossos especialistas.

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Qualidade da água é essencial para a indústria de alimentos, veja o porquê

É inegável que a água é fundamental para a indústria de alimentos, visto que é utilizada como ingrediente, facilitador para incorporação de ingredientes, agente de higienização e limpeza, além de fonte de resfriamento e aquecimento dos produtos.

Considerando todos os usos, a água de boa qualidade, quanto às características físico-químicas e bacteriológicas, é primordial para que a produção dos alimentos aconteça sem alteração dos produtos elaborados, a deterioração de máquinas, equipamentos e facilitando a obtenção de produtos que, além de boas qualidades sensoriais, tenham condições higiênico-sanitárias satisfatórias e não ofereçam quaisquer riscos à saúde do consumidor. O controle da qualidade da água deve ser estabelecido na indústria de alimentos, acatando aos critérios da regulamentação vigente, com avaliação recorrente de suas características, assegurando que os produtos alimentícios tenham excelente qualidade e o consumidor não seja lesado.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a maioria das doenças de origem alimentar são causadas pelas práticas impróprias de manipulação, matérias primas contaminadas, falhas na higienização durante a produção ou pela incapacidade dos equipamentos e estrutura operacional. A qualidade da água garante melhor rendimento na produção, durabilidade de produtos nas prateleiras, qualidade de vida e saúde aos consumidores. Ao utilizar água dentro dos padrões e recomendações legais vigentes, seja de dureza, teor de cloro residual ou mesmo de substâncias químicas, a qualidade dos produtos da indústria alimentícia é conservada, tornando a empresa habilitada para a produção de alimentos que além das qualidades nutricionais e sensoriais, tenha uma boa condição higiênico-sanitária, e não ofereça riscos à saúde do consumidor.

Para auxiliar no controle da qualidade da água é imprescindível saber de onde vem a sua água, seja de subsolo, lagos ou reservatórios. Além disso é recomendado que a indústria tenha seu próprio tratamento de água. A CEA do Brasil , empresa especializada em equipamentos tratamentos de Água, oferece para as empresas diversas opções de acordo com as necessidades da mesma como Filtro Desfluoretador , Filtro Desferrizador , Estação de Tratamento de Água (ETA) , Filtro Abrandador , Filtros Centrais , Filtro Desmineralizador e Filtro de Osmose Reversa . Conheça as opções e fique atento a qualidade da água que utiliza em sua empresa.

11 cursos do SENAI direcionados à Indústria 4.0

Aos 76 anos, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial está sempre conectado às demandas e tendências do mercado de trabalho para qualificar os melhores profissionais. Conheça alguns dos cursos que preparam trabalhadores para a indústria de hoje e de amanhã.

Em 2018, diversas unidades do SENAI de todo o Brasil oferecerão 11 cursos que estão diretamente relacionados à Indústria 4.0. Desse total, quatro já são realidade e, os demais, estão em processo de elaboração para serem lançados em breve. Todos são de aperfeiçoamento e são pagos, a maioria presenciais. Conheça abaixo a relação dos cursos antenados com a atualização tecnológica da manufatura brasileira.

Indústria Avançada: conectando conceitos na prática (40h)

Objetivos do curso:

•    Entender os conceitos da Indústria Avançada;
•    Simular a inserção de inteligência e conectividade no processo de fabricação de um produto usando como base plataformas gratuitas e/ou open source (SCADABr, Arduino, IDE, Aplicativos Android) e open hardware (Arduidno), a partir da elaboração de sistemas autônomos desenvolvidos em mini-oficinas de produção.

Explorando o BigDATA (56h)

Objetivos do curso:

•    Compreender o que é BigDATA e sua importância;
•    Conhecer ferramentas e tendências do BigDATA.

Programação Móvel para Internet of Things (40h)

Objetivos do curso:

•    Desenvolver uma aplicação mobile que interaja com outros dispositivos, no conceito de Internet das Coisas;
•    Conhecer as principais ferramentas, protocolos de comunicação, linguagens de programação e dispositivos eletroeletrônicos utilizados em projetos da área.

Segurança Cibernética (54h)

Objetivos do curso:

•    Entender os conceitos de segurança cibernética;
•    Conhecer os desafios de segurança cibernética no contexto mundial atual.

Inteligência Artificial (48h)

Objetivos do curso:

•    Fornecer aos participantes conhecimentos necessários de Inteligência Artificial para construir um sistema inteligente e realizar aplicações.

Integração de Sistemas de Produção Inteligente (60h)

Objetivos do curso:

•    Fornecer aos participantes conhecimentos para integrar sistemas de produção de forma inteligente que propiciem a supervisão de processos e de dados, gerando aumento na produtividade e a competitividade da empresa.

Robótica Colaborativa Aplicada (60h)

Objetivos do curso:

•    Trabalhar conhecimentos sobre projetos de células robotizadas colaborativas, com o objetivo de realizar a integração de robôs em rede e com outros sistemas de automação.

Cloud Computing: Arquitetura e Aplicações (48h)

Objetivos do curso:

•    Trabalhar conhecimentos para implantação e gerenciamento de plataforma de computação em nuvem.
•    Conhecer sobre memória e capacidade de armazenamento de computadores e servidores, seja compartilhados e/ou interligados por meio da Internet.

Manufatura Aditiva Aplicada (48h)

Objetivos do curso:

•    Conhecer sobre o processo de produção aditiva (impressão 3D), suas variáveis e diferentes aplicações nas áreas de desenvolvimento de produtos.

Tecnologia de Realidade Virtual Aumentada

Desenvolvimento de Aplicações em Realidade Virtual e Aumentada (40h)

Objetivos do curso:

•    Conhecer sobre criação de simulações e aplicações em realidade virtual e aumentada, usando os softwares Unity3D e o SDK.

Desvendando a Indústria 4.0 (20h)

Objetivos do curso:

•    Apresentar a Indústria 4.0, propiciando a obtenção da base conceitual das tecnologias habilitadoras que suportam a manufatura avançada.

SAIBA MAIS – Conheça também os cursos técnicos do SENAI relacionados à Indústria 4.0:

  • Técnico de Informática para Internet
  • Técnico em Tecnologia da Informação (hardware)
  • Técnico em Tecnologia da Informação (software)
  • Técnico em Automação
  • Técnico em Mecatrônica
  • Técnico em Eletrônica
  • Técnico em EletroeletrônicaINSCREVA-SE – Procure o SENAI mais perto de você para conferir a oferta de cursos. Para mais informações, acesse o site do SENAI Nacional ou o SENAI do seu estado.

Fonte: https://noticias.portaldaindustria.com.br/listas/11-cursos-do-senai-direcionados-a-industria-40/

Produção de aço bruto em fevereiro sobe 5,5%, diz IABr

A produção brasileira de aço bruto em fevereiro somou 2,714 milhões de toneladas, aumento de 5,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 19, pelo Instituto Aço Brasil (IABr). No bimestre o volume chegou em 5,58 milhões de toneladas e avançou 3,3%.

A fabricação de laminados no mês passado alcançou 1,827 milhão de toneladas, crescimento de 7,5% ante o mesmo período do ano anterior. Nos dois primeiros meses do ano o volume foi de 3,715 milhões de toneladas, aumento de 6,8%.

Considerando o aço plano, o volume produzido em fevereiro foi de 1,088 milhão de toneladas (+5,8%) e aumento de 7,8% considerando o bimestre, quando o volume chegou em 2,246 milhões de toneladas. Em longos o volume em fevereiro alcançou 739 mil toneladas, crescimento de 10% ainda na relação anual. No acumulado do ano o aumento foi de 5,5%

O consumo aparente nacional – obtido pela produção doméstica excluídas as exportações e acrescidas as importações – de produtos siderúrgicos foi de 3,2 milhões de toneladas no primeiro bimestre de 2018, crescimento de 12,6%.

As importações caíram 1,9% em fevereiro para 158 mil toneladas, considerando a relação anual. No bimestre, no entanto, as importações recuaram 1,4%.

Já as exportações brasileiras caíram 11,8% mês passado para 1,034 milhão de toneladas. Em janeiro e fevereiro somaram 2,386 milhões de toneladas, com recuo de 2,4%. Neste mês, em março, os Estados Unidos passaram a adotar uma taxação de 25% para o aço importado do Brasil, mas as usinas já vinham, antes disso, destinando suas vendas ao mercado interno.

Fonte: Diário Indústria e Comércio

Empresas Brasileiras investem em Tecnologia Ambientalmente Correta

Empreendedorismo, inovação e meio ambiente. Um tripé que do ponto de vista industrial, econômico, urbano ou agrícola deve estar dentro de uma equação cujo resultado é sempre igual ao menor impacto.

Empresas de vários setores investem em inovações tecnológicas limpas e sustentáveis

Empreendedorismo, inovação e meio ambiente. Um tripé que do ponto de vista industrial, econômico, urbano ou agrícola deve estar dentro de uma equação cujo resultado é sempre igual ao menor impacto. No Brasil, um dos países de maior riqueza natural, o tema é ainda mais oportuno. Aquém de outras nações que há muito tempo já investem em tecnologias limpas e sustentáveis, apenas nos últimos anos vê um crescimento do investimento de empresas para tornar o negócio ambientalmente correto, com expertise suficiente para causar o menor dano possível.

Estudo da consultoria alemã Roland Berger mostrou, em 2009, que as empresas brasileiras investiram menos em meio ambiente do que a média internacional. Enquanto no exterior, o setor privado investia cerca de 2% do seu faturamento em tecnologias sustentáveis, no Brasil, 54% das empresas aportavam até 1% das receitas. Acredita-se, porém, que podem ter havido variações nesses percentuais nos últimos anos, uma vez que as empresas têm investido muito em inovação, conforme destaca o diretor da Inseed Investimentos, Alexandre Alves.

Segundo ele, algumas questões se tornam primordiais no contexto atual. “Como recuperar aquela matéria-prima? Como usar menos agrotóxico? Como fazer mais coisas orgânicas? Mas tudo isso também pensando em rentabilidade e economia, pois o sustentável, a princípio, não pode ser mais caro, senão haverá uma restrição”, ressalta Alves.

A mineira Inseed é gestora do Fundo FIP Inseed FIMA, um fundo de inovação em meio ambiente pioneiro no país criado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). “Acreditamos que grande parte dos problemas ambientais atuais, gerados com a industrialização ou com a urbanização, podem ser acolhidos, equacionados e até minimizados com a aplicação de inovação tecnológica”, explica o diretor da Inseed.

Orientação Direta

No mundo dos negócios, meio ambiente não é somente um olhar ecologicamente correto, mas um investimento que faz parte da composição do custo da empresa. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) trabalha com três linhas de ação. A primeira é o programa Minas Sustentável. Criado para ajudar a indústria mineira a produzir com mais qualidade, respeitando o meio ambiente e apoiando o desenvolvimento social, ele oferece um amplo mapeamento de impactos ambientais e sociais, consultorias para regularização ambiental e ecoeficiência, capacitações e ações educativas. “Antes, angariávamos demandas. Hoje, vamos até as empresas diretamente dar orientação para as adequações”, explica o gerente de Meio Ambiente da Fiemg, Wagner Soares Costa.

A segunda é o Programa Mineiro de Simbiose Industrial, que reúne empresas de todos os setores industriais e melhora a eficiência de recursos. Ele trabalha com todos os tipos de recursos: resíduos, materiais, energia, água, logística e perícia. “É uma reunião presencial entre empresas de diversos setores que avalia o que pode ser reaproveitado entre uma e outra. Por exemplo, se eu gero acetona e há uma outra empresa que produz tinta com valor de mercado mais baixo, ela pode usar esse resíduo do meu produto. Em vez de dispor no aterro industrial, faz-se a troca. Esse tipo de trabalho tem conseguido desviar do aterro muita quantidade de resíduo que será reaproveitado por outra empresa”, explica Costa.

Por fim, a federação tem apostado no reuso de água, atuando próximo aos comitês de bacia para orientar empresas a buscar adequação nesse quesito. Essa é, aliás, uma das premissas do setor mineral, de acordo com o diretor administrativo do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra), Cristiano Parreiras. “O investimento em sustentabilidade é constante no dia a dia do setor, com destaque para a recirculação de água, cujos índices de recirculação são superiores a 95%, e reaproveitamento de resíduos e rejeitos”, afirma. Segundo ele, a implementação de políticas voltadas para a área ambiental é uma realidade em todas as empresas minerais do estado, tendo em vista as inúmeras compensações condicionantes exigidas ao longo dos processos de licenciamento ambiental.

Parreiras lembra ainda que o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central do estado, acendeu o alerta máximo para todas as empresas do setor. “O resultado disso é o grande número de eventos que já houve ao longo deste ano, discutindo novas formas de disposição de rejeitos e maneiras mais seguras de construção de barragens, tendo como pano de fundo a tragédia”, relata.

Recurso para menores

Entre as iniciativas de inovação, há um espaço para as pequenas e médias empresas inovadoras que buscam desenvolver soluções que impactam direta e positivamente o meio ambiente. A principal questão dessas empresas menores é ter acesso a recursos para conseguir fazer isso em escala maior e velocidade. O Fundo FIP Inseed FIMA, gerido pela Inseed Investimentos, vem para preencher essa demanda. Empresas do setor de tecnologias limpas, com faturamento de até R$ 20 milhões ao ano, podem candidatar-se a receber aporte de capital do Fundo. São R$ 165 milhões de capital comprometido para aporte em até 20 empresas até o fim de 2017. O Fundo contempla três eixos de investimento: soluções ambientais, tecnologias avançadas e agropecuária sustentável, e novos modelos.

Entrevista com Alexandre Alves – diretor da Inseed Investimentos

Por que, num país naturalmente rico como o Brasil, a questão ambiental é tratada ainda pelo mercado de maneira tão incipiente?

Justamente por sermos um país tão rico e abundante a temática do meio ambiente é ainda tratada de maneira incipiente. Em países onde a escassez de recursos é mais presente na sociedade, como o Japão, a restrição força aquela sociedade a olhar com mais foco e atenção para a questão ambiental. Mas temos visto este cenário mudar, por isso entendo, como gestor de um fundo ambiental, que a tendência é se investir cada vez mais na sustentabilidade nos próximos anos. O mercado cada dia mais vai tratar o meio ambiente com mais respeito e integrado aos negócios.

Que tipo de segmento hoje mais se destaca no Brasil entre as empresas que mais usam tecnologias sustentáveis?

As empresas que mais se destacam nas iniciativas ambientais também são aquelas que mais impactam. Destacaria as de energia, porque eles são transversais na matriz econômica do país. As do agronegócio: pelo seu impacto e extensão no Brasil. E também a indústria, como destaque para as de petroquímica e de celulose, paisagens e madeiras. Lembrando que os investidores, principalmente, os internacionais tem incentivado e exigido práticas sustentáveis destas empresas.

 

Fonte: Jornal Online da Economia