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O que falta para que o Brasil conquiste a excelência em inovação

Tema foi debatido no EXAME Fórum Inovação, realizado por EXAME e pela CNI nesta manhã, em São Paulo

São Paulo – O Brasil ainda caminha a passos lentos na busca pela inovação. O país está na 69ª posição do Índice Global de Inovação, principal ranking internacional sobre o tema, e despencou 22 posições nos últimos sete anos.

A resposta para o que falta para o Brasil conquistar a excelência em inovação não é simples, mas alguns caminhos possíveis foram debatidos no EXAME Fórum Inovação, realizado por EXAME e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta manhã, em São Paulo.

O evento reuniu líderes empresariais de uma iniciativa que tem ganhado força no Brasil, a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), coordenada pela CNI.

Para a presidente da SAP Brasil, Cristina Palmaka, a excelência em inovação só vai se tornar realidade com diálogo aberto e indicadores claros do que o país quer buscar. “Precisamos perseguir esses indicadores de forma acelerada. Temos que transformar a simpatia do brasileiro pela internet e pelo Facebook em algo produtivo”, diz.

Velocidade é a chave para a transformação acontecer e, para isso, líderes empresariais apontam que é preciso se desprender de algumas amarras características do Brasil. Entre elas, condições macroeconômicas, insegurança jurídica e carga tributária.

“Temos 40 empresas multinacionais. Isso é muito pouco e reflete esse problema”, diz o presidente da Iochpe-Maxion, Dan Ioschpe.

Há também amarras culturais, como sugere o presidente da GranBio, Bernardo Gradin. Ele destaca que o brasileiro, em geral, tem pouca tolerância ao risco. No entanto, o fracasso é a base para a inovação. “Se tivermos que acertar de primeira sempre, não vamos inovar nunca”, explica.

Momento é de oportunidade

Apesar das dificuldades e do longo caminho pela frente, líderes empresariais acreditam que o momento é oportuno para acelerar a inovação no Brasil. Saiba mais: 6 dicas da ContaAzul para praticar inovação em qualquer tipo de negócio Patrocinado 

“É hora de tomar decisões estratégicas que possam nortear o caminho a ser percorrido nos próximos cinco ou dez anos. As tecnologias disruptivas vão nos invadir se não fizermos nada”, diz o presidente da Bosch América Latina, Besaliel Botelho.

A tecnologia já está presente no país, mas falta transformá-la em benefícios para a sociedade. “Às vezes achamos que a inovação é algo megalomaníaco. Podemos pensar em inovação como ciclos curtos. A inovação virá de pequenos processos”, defende Palmaka, da SAP Brasil.

Instrumentos para inovar se tornam cada vez mais acessíveis e está mais fácil utilizá-los para dar grandes saltos. “A democratização de acesso que vem junto com a evolução tecnológica é importante”, diz o vice-presidente executivo de Engenharia da Embraer, Mauro Kern.

Além de instrumentos mais acessíveis, uma nova geração de empreendedores também contribui para o avanço mais acelerado da inovação . “Tem mais gente disposta a empreender mais cedo, que aceita o erro”, ressalta Gradin, da GranBio.

O EXAME Fórum Inovação também divulgou um estudo inédito sobre riscos e oportunidades do Brasil frente às inovações da indústria 4.0.

Empreendedoras de Sucesso

Aprenda com essas 8 mulheres como alavancar seu negócio

As mulheres são cada vez mais donas de seus negócios. Segundo o estudo Global Entrepreneurship Monitor de 2015, 46,7% dos empreendedores brasileiros são, na verdade, empreendedoras. Elas representam quase a metade dos empreendimentos no país – muitas vezes, fugindo de um mercado de trabalho que as remunera 24% a menos do que seus parceiros masculinos.
Inspire-se nessas mulheres incríveis e não tenha medo do Mercado. A resvista eletrônica Exame.com, selecionou alguns casos de empreendedoras que criaram suas empresas e hoje empreendem com sucesso.

1 – 33e34

Criado em janeiro de 2015 pela CEO e empreendedora Tânia Gomes Luz, o e-commerce 33e34 trabalha com sapatos femininos nessas duas numerações, difíceis de serem encontradas com uma variedade de modelos significativa nas lojas convencionais.

A startup disponibiliza mais de 180 modelos de 14 marcas. Segundo estatísticas do setor calçadista, foram produzidos 25 milhões de sapatos femininos nas numerações 33 e 34 no ano de 2014. Cada mulher compra, em média, de cinco a oito sapatos por ano. Assim, pelo limite inferior dessa média, são ao menos 5 milhões de consumidoras.

2 – Acana

Ir à feira e beber um caldo de cana gelado é um prazer que faz parte da vida dos brasileiros há décadas. Então, por que ninguém ainda inventou o caldo de cana em caixinha? Foi justamente essa pergunta que levou as irmãs Ana Carolina Salles Leite Viseu e Ana Maria Leite a iniciarem a Acana, marca que vende o caldo (também conhecido como garapa) em embalagens Tetra Pak.

A ideia do negócio surgiu em um almoço com a família, que tem uma história antiga com a cana-de-açúcar – as empreendedoras e seus parentes têm uma fazenda em São Carlos há várias gerações, e desde 1950 a propriedade é usada para plantação de cana.

Elas lançaram o produto em setembro do ano passado e já exportam para países como o Japão. Porém, o produto da Acana também tem tido grande aceitação nas redes de supermercados.

3 – BagMe

A vontade de abrir o próprio negócio uniu Elisa Melecchi e Luiza Nolasco. Em 2013, as empreendedoras fundaram o BagMe, um e-commerce de compra, venda e aluguel de bolsas de grife. A ideia do negócio é fazer com que qualquer mulher possa ter uma bolsa de luxo.

Na estante virtual, é possível encontrar o acessório de marcas como Chanel, Louis Vuitton, Gucci, Burberry e Prada. Para começar o negócio, o investimento inicial no site foi de 300 mil reais. Boa parte desse valor foi gasta em bolsas de grife para compor o estoque.

Dependendo da marca, o preço de uma bolsa pode variar de 390 reais a 22 mil reais. No caso do aluguel, a cliente pode escolher ficar com o produto durante três dias, uma semana ou um mês. O aluguel custa a partir de 69 reais. Em 2015, o negócio projetou um faturamento de um milhão de reais.

4 – Bielíssima

Priscila Biella teve coragem de fazer o que muita gente sonha: ela largou uma carreira em ascensão numa grande empresa para criar o seu próprio negócio num setor que sempre foi do seu interesse – a moda. Ao observar esse mercado, viu que as lingeries seriam uma boa oportunidade e criou sua própria marca em abril de 2015: a Biellísima.

Quando montou a ideia da Biellíssima, tomou coragem e largou o emprego. Para começar o e-commerce, ela investiu 15 mil reais e tem reinvestido no negócio desde então. Agora, a empreendedora pretende ampliar o negócio para fazer o faturamento crescer. Entre seus planos estão a renovação da página na internet e a ampliação de bazares presenciais.

5 – Flaminga

Cristina Horowicz administrou por três décadas uma confecção atacadista, que se especializou em tamanhos maiores para mulheres de alto poder aquisitivo. Cristina percebia, porém, como outros tipos de consumidoras ainda não tinham um atendimento similar, e quis montar um empreendimento que atendesse mulheres de diversas idades e orçamentos. Assim nascia a ideia da Flaminga, um e-commerce plus size.

Algum tempo depois, a irmã da empreendedora, Cynthia Horowicz, juntou-se a ela no negócio, assim como Sylvia Sendacz, a terceira sócia do empreendimento. No ano passado, a Flaminga faturou 3,3 milhões de reais. Para este ano, a meta é de 5 milhões de reais.

Acesse o Global Entrepreneurship Monitor 2015 aqui

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Por: Euller Castro
Analista de Marketing EBGE Brasil