Pouco da história do vinho no Brasil

Engana-se quem pensa que a relação do Brasil com o vinho é recente, foi em 1532 o primeiro registro de mudas de videiras europeias trazidas de Portugal por Martin Afonso de Souza. Portanto, foi outro português, Brás Cubas, quem produziu o primeiro vinho brasileiro em 1551 nas encostas da Serra do Mar, em Cubatão-SP.

Em 1626 foi a vez do Rio Grande do Sul receber as vitis viníferas através do Padre Roque Gonzales, que contava com a ajuda dos índios da região para a elaboração de vinho para as cerimônias. Índios que já dominavam técnicas de fermentação produzindo bebidas alcoólicas de frutas e raízes.

Em 1785 a Rainha Maria I sepultou toda possibilidade de evolução da vitivinicultura brasileira proibindo a manufatura no país, alegando falta de mão de obra para atividades básicas como lavoura e mineração. Tal ordenança se tratava de ação deliberada para proteger o produto português do vinho tupiniquim que despontava. A proibição foi derrubada com a transferência da coroa portuguesa para o Brasil em 1808.

Foi por volta de 1840 que as uvas de origem americana chegaram por aqui, ou seja, as viníferas europeias chegaram quase 300 anos antes.

Apesar de todo este histórico, existe grande desconfiança baseada na falsa afirmativa de que nosso país não tem tradição na produção nem qualidade. O mundo descobriu nosso vinho, em especial os espumantes, antes de nós. Só para citar um exemplo: em sua última edição o Guía Descorchados, mais importante guia de vinhos da América Latina, afirma que o Brasil faz os melhores espumantes da América do Sul e conferiu ao espumante Lírica Crua da Vinícola Hermann cinco indicações, ou seja, coloca nosso vinho em igualdade com os chilenos, argentinos e uruguaios. Ainda poderia citar as recentes declarações de Jancis Robinson, Steven Spurrier, Oz Clarke e tantas outras autoridades mundiais do vinho, elogiando o que é produzido por aqui.

 


Alguns benefícios do vinho

Certamente você já ouviu dizer que, quando consumido com moderação, o vinho traz inúmeros benefícios à nossa saúde. Mas quais benefícios são estes?

Devido ao alto teor de polifenóis (componentes naturais) encontrados, principalmente, na casca da uva e que dão a cor característica ao vinho tinto, possui importante ação antibiótica (efeito antioxidante), ajuda a prevenir a formação de placas de gorduras nas artérias, reduzem o colesterol ruim (LDL) e elevam os níveis do colesterol bom (HDL).

A incidência de mortes por doenças cardíacas e circulatórias entre pessoas que consomem regularmente o vinho são entre 40 e 60% menores.

Mas o coração não é o único a ser beneficiado pelo vinho, o consumo moderado e regular junto com as refeições reduz em 20% as chances de desenvolver câncer de qualquer tipo. Graças à ação dos polifenóis que agem bloqueando tanto o início como o crescimento e disseminação da doença. Também ajuda a evitar doenças respiratórias, cerebrais, digestivas e urinárias, além de anemia, problemas nos ossos e na visão. Lembrando que, apenas o consumo moderado traz benefícios.

 


O que é necessário para começar a entender o mundo do vinho?

As dicas são para você que gostaria de adquirir o hábito de beber vinhos, mas ainda não o fez por culpa da aura de elitismo que se criou em torno da bebida ou por pensar ser necessário se tornar conhecedor primeiro.

Saiba que o vinho nem sempre esteve relacionado à sofisticação, é uma das bebidas mais populares que existe e nada tem a ver com ostentação ou esnobismo… quanto mais se aprende sobre vinho, mais o vê com simplicidade.

É uma bebida milenar que sempre esteve nas mesas dos reis, mas também nas dos súditos. Muitos países europeus o têm como alimento e não como bebida simplesmente, estando presente durante as refeições de todos, sem exceção.

Para você que quer dar os primeiros passos no mundo do vinho, trago 2 valiosas dicas:

Dica número 1 – Comece a beber sem preconceitos – experiente o branco, o tinto, o rosé, vá do suave ao seco. Desta forma começará a identificar qual é o estilo de vinho que mais lhe agrada. E acredite, tem para todos os gostos.

Dica número 2 – Ao gostar de algum vinho que tenha experimentado, busque algumas informações a respeito da região, da uva utilizada e sobre o produtor. Trará bastante conhecimento em médio prazo.

 

Não é preciso de muita coisa para começar a apreciar o que o vinho tem de melhor, basta nos visitar e depois reunir os amigos!

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Crédito fotos: Vitor Veiga

Textos sommelier: Sidney Lucas

 

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