Foco na Terceirização

Entende-se por terceirização a contratação de prestação de serviços entre duas empresas, onde a primeira – denominada tomadora ou empresa-mãe – paga uma segunda empresa – a terceirizada – para prestar serviços executando determinadas atividades específicas em favor da tomadora.

Atualmente, cerca de dois terços das indústrias no Brasil terceirizam algum tipo de serviço. O principal motivo para se utilizar esta modalidade é a redução de custos, apontado por mais de 88% dos entrevistados pela Confederação Nacional da Indústria.

Ainda de acordo com a pesquisa, os três tipos de serviços terceirizados que são mais contratados pela indústria são segurança e/ou vigilância, montagem e/ou manutenção de equipamentos e logística de transportes.

Diante deste cenário, regulamentar a terceirização no Brasil se tornou urgente e fundamental para garantir segurança jurídica às empresas. Além disso, a regulamentação auxilia no ganho de competitividade, na medida em que reduz custos, e também beneficia empresas de todos os portes.

As pequenas e médias empresas, por exemplo, encontram na terceirização uma forma eficiente de buscar parceiras com estrutura e know-how para realizar uma etapa fabril para qual não têm capital ou capacidade técnica. Uma Microempresa Individual (MEI) pode ser uma terceirizada, ou até mesmo terceirizar um serviço – como um marceneiro que terceiriza a montagem dos móveis.

Vale ressaltar que na terceirização a empresa tomadora, a princípio, não tem vínculo empregatício com o trabalhador, já que este é funcionário da empresa terceirizada. Ou seja, o trabalhador tem seus direitos trabalhistas garantidos, mas a responsabilidade por eles será da empresa terceirizada – aquela que o contratou. Caso esta (terceirizada) venha a inadimplir as verbas do trabalhador, a empresa tomadora poderá ser responsabilizada.

Assim, cabe à tomadora certificar-se se está contratando uma empresa terceirizada idônea, que cumpre a legislação trabalhista, paga os salários em dia e de forma correta, se recolhe todos os tributos e, ainda, se cumpre a norma coletiva da categoria.

Sobre a nova lei

Sancionada em 31 de março de 2017, a Lei nº 13.429 regulamenta a terceirização no Brasil. Entre os principais destaques está a ampliação das terceirizações e, consequentemente, o aumento da segurança jurídica nesta forma de contratação.

Defende-se, inclusive, a ampliação das terceirizações para a atividade-fim, a saber, aquela ligada ao negócio principal de uma empresa. De outro lado, a atividade-meio é um serviço necessário, mas que não tem relação direta com a atividade principal.

Há que se ponderar que, cada vez mais, as empresas estão modernizando a forma de produzir, sendo muito comum, atualmente, que organizem o trabalho em rede. Nesta organização, cada uma executa uma parte da produção até chegar ao produto final. Tal modalidade é muito comum em países desenvolvidos, em que empresas buscam contratar atividades que são mais bem executadas por outras, que tenham mais expertise na execução de uma determinada etapa ou serviço.

Considerando esse conceito de produção em rede, a divisão entre atividade-fim e atividade-meio acaba perdendo o sentido. Ao passo que, com a terceirização sendo uma livre escolha da empresa, ganha-se mais qualidade nos produtos e serviços, eficiência econômica, redução de custos e, consequentemente, empresas mais competitivas que conseguem se manter no mercado, gerando mais demanda e mais empregos.

Outro destaque da lei da terceirização é o reconhecimento da chamada ‘quarteirização’, que permite às empresas terceirizadas contratarem mão de obra de outras empresas.

 

 

Fonte: Carta da Indústria

Marketing Estratégico em Nova Friburgo

Com um novo tema a cada edição, o COLA convida facilitadores-especialistas para um bate-papo, gerando uma importante troca de experiências por meio da interação e integração entre os participantes e os especialistas em cada tema.

Por que marketing é estratégico para seu negócio?

Marketing é fundamental para qualquer negócio. Você já deve estar cansado de ouvir esta frase e pensar; lá vem outro consultor me oferecer o que eu já sei e ainda me cobrar por isso. A novidade é que você não sabe questões centrais de seu negócio. Repetir palavras como qualidade, experiência, excelência sem realmente conseguir explicar o que cada uma destas palavras representa para seu consumidor é o mesmo que ir a missa e rezar apenas por obrigação.

Marketing é estratégico para qualquer empresa de qualquer tamanho em qualquer segmento, por que exige uma reflexão constante sobre o negócio, o cliente, o valor que o cliente atribui a empresa. Pensar marketing é pensar como a empresa será nos próximos anos. Marketing é mais que propaganda e é importante demais para ser deixado nas mãos de um estagiário.

Você sabe realmente o que é marketing?

Chegou a 4ª edição do evento que coloca você lado a lado com os melhores especialistas do mercado. Dessa vez, vamos falar sobre Marketing Estratégico.

Com um novo tema a cada edição, o COLA convida facilitadores-especialistas para um bate-papo, gerando uma importante troca de experiências por meio da interação e integração entre os participantes e os especialistas em cada tema. A proposta é oferecer conteúdo qualificado e ferramentas para conectar produtos aos consumidores e os empresários à realidade do novo mercado.

O especialista que conduzirá a quarta edição do COLA será Marcelo Boschi, especialista nas áreas de Marketing, BrandinG e Consumo.
Presidente do Comitê  de Branding – ABA/RJ (Associação Brasileira de Anunciantes), leciona em cursos de Graduação e Pós-Graduação da ESPM, FDC e FGV. Atuou em carreira executiva e gerencial na área de Marketing e Vendas de  bens e serviço de consumo. Foi consultor em empresas como LOTERJ, Fiocruz, CVC, Radix, Zerezes, entre outras.

Não perca o Cola, evento que une teoria e prática na dose certa para a aplicação imediata no seu negócio.

IMPORTANTE

  • Proibida a entrada de bermuda
  • Vagas prioritárias para associados da FIRJAN e do CIRJ.
  • Para demais interessados, as vagas são limitadas.

Valor

Gratuito

Local

SENAI Espaço da Moda
Av. Conselheiro Julius Arp, 85 – Centro
Nova Friburgo – RJ

O que é

Palestra sobre marketing estratégico

Para quem é

Líderes empresariais, profissionais, empreendedores e empresários, trabalhadores da indústria

  • Data: 05/10/17
  • Horário: 18 h às 21 h
  • Título: Palestra

Fonte: FIRJAN

Produção da indústria cresce em 9 de 14 regiões em junho, diz IBGE

Em junho, atividade do setor ficou estável, mas subiu 0,5% nos seis primeiros meses do ano.

Mesmo com a variação nula (0,0%) em junho, a produção industrial cresceu em 9 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em relação a maio, conforme pesquisa divulgada pelo órgão nesta terça-feira (8).

O maior avanço na produção foi registrado no Rio de Janeiro, que registrou crescimento de 3,1%. Com este resultado, o estado fluminense reverteu parte da perda de 3,6% acumulada nos meses de abril e maio.

O desempenho da indústria fluminense, que teve o maior avanço na comparação com os demais estados em junho, foi puxado pela indústria extrativa de petróleo e metalurgia. “Vale lembrar que este resultado tem como comparação uma base muito negativa”, ponderou o economista do IBGE Rodrigo Lobo.

Outro estado que se destacou em junho foi o Amazonas, com crescimento de 2,8%. No mês anterior, a produção da indústria amazonense havia recuado 3,4%. O IBGE destacou também o desempenho de Pernambuco, que com expansão de 1,7% registrou a quarta taxa positiva consecutiva, acumulando alta de 4,8% neste período.

Minas Gerais, com expansão de 1,6%, eliminou a perda de 0,2% registrada em maio. Os demais estados com avanço na produção industrial foram São Paulo (0,8%), Paraná (0,5%), Espírito Santo (0,1%), Ceará (0,1%) e Goiás (0,1%).

O analista da Coordenação de Indústria do IBGE, Rodrigo Lobo, destacou que a indústria paulista teve três taxas consecutivas de expansão neste ano, acumulando um crescimento de 4,5%. Segundo o economista, há cinco anos não havia registro de taxas consecutivas de crescimento. Entre maio e agosto de 2012, a atividade industrial acumulou crescimento de 5,2% em São Paulo.

“Isso dá uma dimensão do horizonte de tempo em que isso não acontecia. É algo promissor”, destacou Lobo. O economista ressalvou, no entanto, que trata-se de um crescimento pontual, alavancado principalmente pela indústria alimentícia, com destaque para os produtos derivados da cana de açúcar.

Comparação com junho de 2016

Na comparação com junho do ano passado, a indústria cresceu em oito dos 15 locais pesquisados. O maior destaque ficou com o Espírito Santo, que teve expansão de 10% nesta base de comparação.

O resultado da indústria capixaba foi impulsionado, segundo o IBGE, pelos avanços registrados por indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados) e produtos alimentícios (bombons e chocolates em barras, açúcar cristal, carnes e bovinos frescas ou refrigeradas e massas alimentícias secas).

Ceará (4,3%), São Paulo (3,0%), Minas Gerais (2,9%) e Rio Grande do Sul (2,1%) também assinalaram taxas positivas mais acentuadas do que a média nacional (0,5%). As demais estados com taxas positivas foram Paraná (0,5%), Goiás (0,4%) e Amazonas (0,1%).

A Bahia (-10,9%) apontou o recuo mais elevado em junho de 2017. Segundo o IBGE, o resultado foi pressionado, em grande parte, pelo comportamento negativo vindo dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, naftas para petroquímica e óleos combustíveis) e de metalurgia (barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre).

“Este foi o 16º resultado negativo sequencial nesta base de comparação para a indústria baiana”, enfatizou Lobo.

Os demais resultados negativos na comparação com junho de 2016 foram observados na Região Nordeste (-5,1%), Pernambuco (-2,9%), Pará (-2,1%), Santa Catarina (-0,9%) e Rio de Janeiro (-0,1%). Mato Grosso (0,0%) repetiu o patamar registrado no ano passado.

Acumulado no ano

 Considerando o indicador acumulado no ano (janeiro a junho), dez dos 15 locais pesquisados apresentaram taxas positivas. Apesar da predominância de taxas positivas nesta base de comparação, o economista Rodrigo Lobo ponderou que não é possível estimar que até o fim do ano a produção industrial tenha crescimento muito expressivo.

“A gente tem uma base de comparação muito baixa. Depois de três anos seguidos de queda, o resultado [0,5%] é positivo, mas não o suficiente para dizermos que o país vai fechar o ano com a recuperação da indústria”, disse.

Fonte: G1 – Por Daniel Silveira

Presidente da EPE detalha reforma do setor elétrico a empresários

Luiz Augusto Barroso, presidente da EPE, esclarece que objetivo da proposta é reduzir as judicializações e tornar o setor mais forte e eficiente Foto: Fabiano Veneza

A proposta de reforma do setor elétrico, elaborada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), em consulta pública até 17 de agosto, foi debatida no Conselho Empresarial de Energia Elétrica do Sistema FIRJAN. O objetivo, segundo Luiz Augusto Barroso, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), subordinada ao MME, é reduzir as judicializações e tornar o setor mais forte e eficiente, uma vez que o modelo atual está ultrapassado em alguns pontos.

“O setor elétrico precisa ser reformulado, pois já sofre pressões socioambientais e de ordem tecnológica que afetam seu modelo regulatório e comercial. É necessário antecipar os ajustes regulatórios antes que problemas aconteçam”, explicou Barroso, destacando que novas tecnologias demandam novos procedimentos de planejamento e operação, exigindo flexibilidade e análises mais sofisticadas.

Ele ressaltou que o país está caminhando para usar mais energias térmicas, renováveis e de hidrelétricas, nesta ordem, diversificando o setor. Para chegar a esses pontos, a proposta de reforma foi baseada em princípios como o direito de propriedade, respeito a contratos e intervenção mínima; meritocracia, economicidade e eficiência; transparência e participação da sociedade; isonomia, flexibilidade, adaptabilidade e coerência.

“A proposta do MME é positiva, principalmente pelo fato de estarem escutando a sociedade em geral, pois sempre existem pontos a serem melhorados”, destacou Sérgio Malta, presidente do Conselho.

O Sistema FIRJAN enviará contribuições do setor produtivo fluminense até a data limite do fim da consulta pública, pois acredita que o diálogo é o melhor caminho para a construção de políticas que beneficiem toda a sociedade.

Entre os pilares da reforma está a aplicação de regras mais claras e mais competitivas, de modo a atrair investidores privados e facilitar privatizações de ativos por estatais federais. Os quatro temas centrais são: os compromissos e elementos de coesão; medidas de destravamento; alocação de custos e racionalização; e medidas de sustentabilidade e desjudicialização.

Empresários do Conselho de Energia Elétrica conheceram a proposta de reforma do setor elétrico, elaborada pelo MME | Foto: Fabiano Veneza

Propostas

“A ideia é ter a possibilidade de viabilizar a venda de hidrelétricas antigas da Eletrobras, cuja energia tem sido vendida às distribuidoras por preços abaixo de mercado, em um regime de comercialização conhecido como cotas, o que acaba gerando energia mais cara”, explicou Barroso.

Segundo ele, essas usinas poderão ser descotizadas antes da venda, elevando o valor dos negócios. Assim, a arrecadação com essa iniciativa poderá ser dividida igualmente entre a Eletrobras, o Tesouro e o abatimento de custos dos consumidores de energia.

“Isso pode gerar um aumento de até 7% nas tarifas de energia, mas que seria compensado pela redução de encargos e subsídios atualmente pagos pelo contribuinte, já que haverá maior arrecadação aos cofres públicos”, analisou.

A mudança inclui ainda a ampliação gradual do mercado livre de eletricidade entre 2020 e 2028, ponto defendido pelo Sistema FIRJAN, presente no Mapa do Desenvolvimento 2016-2025.

Em 25 de agosto, o MME deverá elaborar um texto, após analisar as contribuições sugeridas pela consulta pública, para ser transformado em medida provisória até setembro.

O Conselho Empresarial de Energia Elétrica aconteceu em 2 de agosto, na sede da Federação.

Fonte: http://www.firjan.com.br

Sistema FIRJAN lança Anuário de Petróleo em Macaé

O Anuário da Indústria de Petróleo no Rio de Janeiro Panorama 2017 foi lançado em julho na capital fluminense Foto: Divulgação Sistema FIRJAN

O Sistema FIRJAN lançou, na última terça-feira, 1, em Macaé, a segunda edição do Anuário da Indústria de Petróleo no Rio de Janeiro. O documento apresenta análises especializadas, e entre outros dados, um mapa com o posicionamento da indústria fluminense e com as próximas áreas que serão leiloadas confrontantes ao estado. Participaram da cerimônia o prefeito de Macaé Aluizio Junior, a gerente de petróleo, gás e naval do Sistema FIRJAN, Karine Fragoso, o consultor da ONIP, Alfredo Renault e empresários do ramo.

Com o calendário de leilões e outros programas de estímulo, a indústria de petróleo vive um novo momento e, nesse contexto, conhecer as principais perspectivas, desafios e tendências desse mercado é primordial para a tomada de decisões das empresas.

O Anuário da Indústria de Petróleo no Rio de Janeiro Panorama 2017 foi lançado em julho na capital fluminense, e, desta vez, foi apresentada aos empresários do Norte Fluminense. A publicação é dividida em quatro capítulos, que abordam os temas Exploração e Produção; Abastecimento; Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e Reflexos Socioeconômicos.

Reunindo artigos dos principais atores do mercado, o Anuário traz a visão de especialistas sobre os desafios e oportunidades das atividades de petróleo, além de dados qualificados sobre a indústria fluminense. De acordo com informações do Anuário, esse mercado contribuiu com US$ 10 bilhões de saldo positivo para a balança comercial do estado do Rio em 2016.

“As empresas voltaram a apresentar lucro e discutir investimentos. Temos, agora, que trabalhar para agregar valor aos nossos ativos. Precisamos atuar em conjunto para que o operador possa produzir óleo, a indústria fornecedora oferecer bens e serviços e trazer benefícios para a sociedade”, disse Karine Fragoso, gerente de petróleo, gás e naval do Sistema FIRJAN.

Segundo Alfredo Reanault, o momento positivo do mercado do petróleo brasileiro também se deve à manutenção do preço do barril do petróleo no patamar de US$ 50, à autonomia na gestão da Petrobras para definir o Plano de Negócios e à flexibilização da participação da empresa nos novos leilões do pré-sal programados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). “As expectativas mudam com esses novos fatores e são positivas, apesar de ainda vivermos uma grave crise”, disse ele.

O prefeito de Macaé, Aluizio Junior, também destacou as boas perspectivas para a cadeia de fornecedores, mas que também é preciso repensar alguns aspectos para fortalecer a região do novo contexto do mercado offshore. Ele reforçou a proposta de revitalização dos campos maduros, uma estratégia que vem sendo desenvolvida pela Petrobras, e afirmou que isso trará novos investimentos para a Bacia de Campos: “Para que os investimentos na Bacia de Campos continuem, precisamos aprimorar o modelo de distribuição dos royalties”.

A proposta, levada por ele ao presidente da Petrobras, Pedro Parente, ainda em discussão com outros municípios produtores do estado, apresenta um novo conceito de incidência dos royalties em campos maduros, com possibilidade de redução da alíquota de 10% para 5% somente para esses campos.

Confira o Anuário da Indústria de Petróleo do Rio de Janeiro

Fonte: http://www.firjan.com.br

Recadastramento de incentivos fiscais é prorrogado

Sancionada pelo governador Luiz Fernando Pezão e publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira, a Lei 7.657/2017dentre outras disposições, prorrogou o recadastramento de incentivos fiscais para o último dia útil do mês de agosto (31). A norma alterou a redação do art. 4º da Lei nº 7.495/2016, e, ainda, incluiu o parágrafo 4º ao mesmo dispositivo da Lei.

Todos os contribuintes que possuem incentivos fiscais devem acessar o Portal de Recadastramento de Incentivos Fiscais e enviar as informações solicitadas. A Resolução nº 94 esclarece quais documentos devem ser enviados, de acordo com o benefício recebido.

Atuação da FIRJAN

Desde a publicação da Resolução nº 90, que instituiu o recadastramento, a FIRJAN vem alertando seus associados sobre a importância de cumprir com o prazo, sob pena de perder o incentivo. O Sistema FIRJAN também se reuniu com deputados e representantes da Sefaz, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), pleiteando o adiamento do prazo, que inicialmente era de menos de uma semana. O pleito foi atendido, e a Sefaz estendeu, à época, o recadastramento para o fim da primeira semana de agosto.

Além de pleitear a ampliação do prazo, a Federação defendeu ainda a exclusão do artigo que tratava da renúncia ao incentivo pelo contribuinte que não prestar as informações no período determinado. A questão foi aceita e não consta mais na Resolução republicada hoje pela Sefaz.

Os associados ao Sistema FIRJAN podem entrar em contato com a Divisão Tributária, pelo e-mail [email protected], para mais esclarecimentos.

Acesse o Portal de Recadastramento de Incentivos Fiscais

Fonte: http://www.firjan.com.br

Vendas de motocicletas caem 9% no primeiro semestre

No período foram produzidas 423.750 unidades, uma redução de 8,8% na comparação com os seis primeiros meses do ano passado.

As vendas de motocicletas no primeiro semestre de 2017 totalizaram 427.198 unidades, 9% a menos que o registrado no mesmo período do ano passado. Em junho, no entanto, a média diária de vendas foi de 3.416 motos, 2,5% superior à registrada no mesmo mês de 2016. Os dados, divulgados hoje (11), são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

Segundo o presidente da entidade, Marcos Fermanian, o setor deverá obter um resultado melhor no segundo semestre. “Historicamente, o segundo semestre tem melhor desempenho de vendas. Além disso, outros fatores como o Salão Duas Rodas, o décimo terceiro salário e a chegada do verão ajudarão a fechar o ano com resultados um pouco mais satisfatórios”, calcula.

A produção de motocicletas também registrou queda no primeiro semestre do ano. No período foram produzidas 423.750 unidades, uma redução de 8,8% na comparação com os seis primeiros meses do ano passado.

Já as exportações do setor apresentaram alta de 4,1% no acumulado do primeiro semestre, puxada principalmente pelas vendas para a Argentina. De janeiro a junho foram embarcadas para o exterior 32.417 motocicletas, 1.283 a mais do que no primeiro semestre de 2016 (31.134).

Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil
Edição: Luana Lourenço

Fonte: http://www.industriahoje.com.br/

Energia solar fotovoltaica pode crescer mais de 300% até o fim do ano, diz setor

Os investimentos até o fim de 2017 deverão somar R$ 4,5 bilhões

A geração de energia solar fotovoltaica no Brasil atingirá o patamar de 1.000 megawatts (MW) de capacidade instalada até o fim do ano, de acordo com projeção da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O número representa um crescimento de 325% em relação à capacidade atual de 235 MW, suficiente para abastecer cerca de 60 mil residências, com até cinco pessoas em cada uma.

A estimativa feita pelo setor coloca o país entre os 30 principais geradores dessa fonte de energia no mundo, com a expectativa de estar entre os cinco primeiros até 2030 em potência instalada anual. Atualmente, estão contratados, por meio de leilões de energia, cerca de 3.300 MW, que serão entregues até 2018.

Os investimentos até o fim de 2017 deverão somar R$ 4,5 bilhões. O crescimento da capacidade instalada favorece ainda a geração de empregos em toda a cadeia produtiva. Pelos cálculos do setor, para cada MW de energia solar fotovoltaica instalados, são gerados de 25 a 30 postos de trabalho.

Para o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, o desempenho dos últimos anos mostra que o setor passou ao largo da crise econômica brasileira. “O crescimento no ano da potência instalada vai ser mais de 11 vezes mostrando que o setor está em uma fase diferente da economia brasileira, ainda em um processo lento de recuperação, enquanto esse setor sequer enxergou a crise. Crescemos a 300% ao ano durante os anos de crise e agora com esse começo de recuperação continuamos crescendo a taxas elevadas”, destacou Sauaia em entrevista à Agência Brasil.

Custo

O avanço da energia solar fotovoltaica no Brasil tem permitido ainda a redução de preços para os consumidores. Segundo o presidente da associação, a energia solar fotovoltaica registrou uma importante redução de preços nos últimos anos, porque este tipo de tecnologia se tornou 80% mais barata. No Brasil já é mais barato, em algumas regiões, gerar a própria energia com a instalação dos painéis solares no telhado do que comprar a energia da rede de distribuição. “Investir em energia solar fotovoltaica não é mais uma decisão puramente ambiental ou de consciência da sustentabilidade, mas acima de tudo, o principal motivo que faz as pessoas investirem nesta tecnologia é economia no bolso e competitividade para as empresas”, ressaltou Rodrigo Sauaia.

A economia na conta já foi sentida por Adriana Maria Silva, de 47 anos, presidente da Creche Comunitária Mundo Infantil, na comunidade Santa Marta, do Morro Dona Marta, em Botafogo, zona sul do Rio. “A gente pagava uma conta muito alta. Hoje a gente tem uma conta que pode pagar e com o dinheiro que sobra a gente pode investir na instituição, em alimentação, no material pedagógico, na manutenção do prédio”, disse.

Com a geração de energia por meio dos painéis instalados no telhado dos prédios da instituição, a creche já tem somado crédito da Light, a companhia de abastecimento de energia do local. “O que vem hoje é mínimo e tem mês que não vem conta para a gente pagar”, completou Adriana, referindo-se aos créditos obtidos com a geração da energia solar.

A creche foi o projeto piloto instalado na comunidade pela Insolar, um negócio social, que é um tipo de empresa autossustentável financeiramente sem distribuição de dividendos, voltada para solucionar um problema social e/ou ambiental. Mas a creche não foi a única a ter bons resultados com a redução dos custos. O dinheiro que deixou de ir para o pagamento das tarifas foi usado para a ampliação do prédio da associação de moradores, com a construção de salas para aulas de modalidades esportivas e de canto.

A discussão para o desenvolvimento do uso de energia solar no Morro Dona Marta começou em 2015. Segundo Henrique Drumond, um dos fundadores da Insolar, com a parceria de empresas privadas e até do Consulado da Alemanha no Rio, a comunidade já tem 33 espaços comunitários funcionando com essa fonte renovável por meio de 190 painéis. Além disso, os projetos permitiram a capacitação de 35 moradores da comunidade sobre o funcionamento da fonte de energia e manutenção dos equipamentos. Todas as estações do sistema de transporte do plano inclinado operam com painéis que tem acopladas baterias para evitar interrupção no tráfego caso haja corte de energia. “Fizeram a instalação na própria comunidade e depois todos, divididos em equipes, instalaram refletores solares de emergência. Quando falta luz em alguns pontos do Santa Marta, esse sistema liga automaticamente e ilumina o caminho dos moradores”, acrescentou Drumond.

A comunidade ganhou ainda o coletivo Santa Mídia, utilizado para divulgação de assuntos de interesse dos moradores. “É uma mídia comunitária com uma televisão que fica na estação 1 do plano inclinado e divulga os informes da comunidade, sobre mutirões, campanhas de vacinação, anúncios. É abastecida com energia solar e a gente fez uma intervenção com o projeto Morrinhos, que fez na estação, ao redor da Santa Mídia, que foi toda grafitada, uma instalação deles”, completou.

Habitação popular

A energia solar já está sendo utilizada em projetos de residências de interesse social. Numa parceria com a Absolar, o governo de Goiás lançou as primeiras 149 moradias do Programa Casa Solar, que prevê até o fim do ano chegar a 1,2 mil. Para o presidente da associação, a iniciativa é um caminho para que este tipo de fonte de energia possa se estender a todas as faixas de renda da população. “Um sistema como foi utilizado em Goiás pode reduzir em até 70% o custo com energia elétrica e esse dinheiro que alivia o orçamento da família para investir mais na qualidade de vida, da sua alimentação e da educação”, destacou, sugerindo que o governo federal insira este tipo de energia nos seus projetos de habitação.

Leilões

No sentido de garantir o processo de desenvolvimento e dar maiores perspectivas para essa fonte renovável, além de segurança nos futuros investimentos, o presidente da Absolar defendeu a volta dos leilões de compra de energia solar fotovoltaica. Segundo ele, foi cancelado um certame previsto para o fim do ano passado na área de geração centralizada de usinas de grande porte incluindo a energia eólica. Segundo ele, o cancelamento desse leilão foi uma frustração nas expectativas do setor.

“Gera uma insegurança de como serão os investimentos nos próximos anos e acaba dificultando a vinda de novos investimentos e de fabricantes para atuar no país. Para superar esse gargalo, a nossa expectativa é que o governo federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, possa, ainda no ano de 2017, realizar um leilão de energia solar para que a gente tenha um sinal de continuidade de investimentos na fonte”, disse Rodrigo Sauaia.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso, informou à Agência Brasil que, no momento, o órgão e o Ministério de Minas e Energia estão fazendo uma série de análises para definir a realização de leilões de energia solar. Ele lembrou, no entanto, que esses certames são baseados nas demandas a contratar fornecidas pelas distribuidoras. “Efetivamente é a disposição a contratar das distribuidoras que vai definir o espaço para as compras de nova geração no Brasil. Isso afeta todas as fontes, não só a solar”, destacou.

Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil

Fonte: http://www.industriahoje.com.br/